As grutas brilhantes da Nova Zelândia (com FOTOS)
Na região de Waitomo, na Nova Zelândia, existe um labirinto subterrâneo de grutas formadas ao longo dos últimos 30 milhões de anos. Numa dessas cavernas, existe um animal muito peculiar que evoluiu para prosperar em lugares sem vento, exactamente como este. Trata-se da Arachnocampa luminosa, uma espécie de mosquito que se torna luminoso durante a fase de larva.
O topo da gruta Glowworm Grotto, como é chamada, assemelha-se a uma galáxia de estrelas azuis. Na verdade, estão ali insectos que podem atingir cerca de três centímetros de comprimento, crescendo com base numa estratégia curiosa – quando o ovo eclode, a larva começa a segregar um líquido pegajoso que deixa cair do tecto, ficando suspenso no ar. Ao mesmo tempo, da sua cauda, a larva emite uma intensa luz.
Este sistema permite-lhe caçar sem esforço. A luz da larva atrai presas para os fios de seda pegajosos e, quando pequenos insectos se aproximam deles e ficam presos, a larva só tem de os capturar, puxando o fio, e alimentar-se.
Esta fase dura entre seis a 12 meses, dependendo da disponibilidade de alimento na gruta – depois desse período, a larva transforma-se num insecto adulto. Aí já não se pode alimentar – a sua única tarefa é acasalar, pôr ovos e morrer. Isto significa que o estágio larval é o mais longo da brilhante vida do Arachnocampa luminosa.
As larvas são sensíveis a qualquer perturbação e, quando assustadas, param de brilhar. Os visitantes que querem testemunhar este feito da natureza têm de ser, por isso, muito cuidadosos. Na verdade, a maior ameaça para esta espécie não são outros predadores, mas sim a interferência humana.
Apesar das muitas visitas guiadas levadas a cabo nas grutas, o Treehugger revela que a comunidade de insectos parece estar bem.