Celorico de Basto pode receber infra-estrutura para reciclagem dos resíduos de construção e demolição
De acordo com um estudo sobre a gestão de resíduos de construção e demolição, elaborado pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), são produzidas mais de 37 mil toneladas de resíduos de construção e demolição no interior da região norte do país. Destes, cerca de 35 mil toneladas não recebem o tratamento adequado por não existirem infra-estruturas adequadas para esse fim.
Neste sentido, a CCDR-N propõe que seja criada uma linha de triagem e uma unidade de fragmentação para lidar com estes resíduos em Celorico de Basto.
Segundo a legislação em vigor, este tipo de resíduos produzidos em obras particulares são geridos pelos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, neste caso a Resinorte e a Resíduos do Nordeste, em conjunto com os municípios. Porém, como revela um comunicado da CCDR-N, os responsáveis pela gestão e tratamento destes resíduos processam apenas 2,2 mil toneladas, sendo que o remanescente dos resíduos é encaminhado para as lixeiras e baldios, sem qualquer tratamento ou controlo.
Assim, o estudo conclui que deve ser ponderada a criação de uma estação de tratamento nesta região e que o possível local para a sua implementação pode ser Celorico de Basto, que fica localizado na área de intervenção da Resinorte.
Os Resíduos de Construção e Demolição, em números
43,77% = Misturas de betão, tijolos, ladrilhos e materiais cerâmicos
13,21% = Misturas betuminosas
10,23% = Solos e rochas
8,16% = Ferro e aço
6,57% = Betão
5,97% = Madeira
5,29% = Materiais de construção contendo amianto (resíduos perigosos)
3,73% = Mistura de RCD
0,73% = Materiais de isolamento contendo amianto (resíduos perigosos)
0,58% = Mistura de metais
0,48% = Materiais de construção à base de gesso
0,36% = Ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos
0,93% = Outros
Foto: Celorico de Basto / Celorico Digital