Elefantes vão ficar extintos caso a China não proíba o comércio de marfim
A China precisa de tomar urgentes medidas a respeito do comércio ilegal de marfim, se não quer tornar-se na grande responsável pela extinção dos elefantes. A conservacionista Joyce Poole revela que os animais viveram o seu pior ano de sempre, com mais de 7% da população morta em apenas um ano.
A co-directora da Elephant Voices apelou ao bom senso da China para salvar da extinção os 400 mil elefantes que restam e disse que as espécies podem desaparecer dentro de uma década, caso a caça furtiva continue ao ritmo actual.
Por ano, cerca de 40 mil elefantes são mortos devido ao seu marfim – 40% tem como destino a China. Caso a situação não se altere, os animais vão mesmo desaparecer do globo. “Se nem podemos salvar os elefantes – um animal que é uma pedra angular importante para o habitat africano –, então que esperança temos nós?”, questionou Poole.
O marfim é, na China, símbolo de riqueza e status. A sua proibição mundial foi imposta em 1989, mas duas vendas foram aprovadas para a China e para o Japão, em 1999 e 2007.
Nos últimos cinco anos, os funcionários da alfândega de Hong Kong apreenderam, pelo menos, 16 toneladas de marfim, no valor de mais de €8,2 milhões (R$ 23 milhões) – o que se traduz na morte de 1.800 elefantes.
Cerca de 93% dos corpos de elefantes mortos encontrados foram vítimas de caçadores furtivos, revelou Poole, que investiga estes animais há 40 anos.