Em Portugal, 10% das borboletas diurnas estão ameaçadas de extinção



Excesso de urbanização, alterações climáticas e destruição de habitats estão a acabar com 10% das borboletas diurnas em Portugal. Este é o diagnóstico agora divulgado por uma investigadora que propõe a elaboração de um livro vermelho das espécies.

Eva Monteiro, investigadora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, revelou que 10% das espécies de borboletas diurnas em Portugal poderão estar ameaçadas de extinção.

A especialista admite que são necessários mais estudos de campo para confirmar esta estimativa e considera que para o efeito é necessário proceder à elaboração de uma lista vermelha dos invertebrados de Portugal. Este documento, que junta os grupos de animais existentes, por zona, e especifica o seu estado de conservação é, na opinião da investigadora, uma ferramenta essencial.

Segundo Eva Monteiro o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Sociedade Portuguesa de Entomologia, o Instituto Português de Malacologia e o Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal estão disponíveis para colaborar com o Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) e elaborar aquela lista vermelha.

Segundo a especialista, os únicos registos de dados existentes são conseguidos através de observações das pessoas, que os divulgam na internet. Em muitas espécies, esta participação tem contribuído para aumentar os pontos conhecidos, sublinhou.

Os principais factores que ameaçam as borboletas, segundo Eva Monteiro, é a destruição dos seus habitats, com diferentes causas, como o abandono ou a mudança de utilização dos campos, o excesso de pastoreio, os pesticidas as alterações climáticas e o excesso de urbanização.

O país tem 135 espécies de borboletas diurnas, as mais conhecidas, e 2.500 nocturnas.

Foto: Luis Markes / via Creative Commons





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