Empreendedor português José Neves elogiado pelo Financial Times



Quando tinha oito anos, José Neves recebeu dos pais, no Natal, um computador ZX Spectrum. No entanto, havia um problema: a prenda não veio com jogos. É aqui que começa a relação do fundador e CEO da Farfetch com a tecnologia, uma vez que José foi “obrigado” a aprender a programar.

O empreendedor acabou por lançar a sua primeira empresa, a tecnológica Grey Matter, aos 20 anos, quando estudava na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). A empresa desenhava software para fabricantes de têxteis. Mais tarde, decidiu unir a paixão da tecnologia a outra, o design de sapatos, com a empresa Swear.

Foi em 2007, porém, que José Neves uniu as duas paixões na Farfetch, um projecto que, através da tecnologia, colocou as boutiques de moda independentes em contacto com os consumidores globais.

“Para as marcas de moda que estão a crescer, o comércio online deixou de ser um pesadelo de logística com a Farfetch”, escreveu então o The New York Times.

O sucesso da Farfetch foi agora elogiado pelo Financial Times, que diz que a empresa tem “todas as boutiques do mundo na ponta dos dedos”. “Em menos de sete anos, [a Farfetch] tornou-se na casa online para 300 ou mais boutiques independentes, de São Paulo a Milão. Os seus clientes estão em todo o lado. Mais de metade vive fora dos Estados Unidos e Reino Unido. Brasil, China e Austrália são alguns dos principais mercados”, explica o Financial Times.

No centro desta estratégia inovadora está José Neves, nascido no Porto em 1974 e que fez de Londres a sua casa. “Se olharmos para a inovação digital na moda… todas as empresas pioneiras vêm da Europa. Este modelo foi inventado pelos franceses”, explicou ao FT.

O gosto pelo negócio da moda foi-lhe incutido pelo seu avô, que era proprietário de uma fábrica de sapatos. Cresceu na indústria têxtil e a sua busca pelo conhecimento levou-o à tecnologia. A união das duas paixões foi fulcral no seu sucesso como empresário.

Com mais de 380 colaboradores, espalhados entre Londres, Portugal, Estados Unidos e Brasil, a Farfetch conseguiu em 2013 vendas de €218 milhões, mais de metade que no ano anterior. O próximo passo da empresa é lançar um site chinês, japonês e russo – e continuar a colocar as boutiques independentes em contacto com os consumidores globais.

Leia o artigo do Financial Times.





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