Glifosato por mais cinco anos na UE



Depois de vários recuos e negociações falhadas ao longo de quase dois anos e meio, a licença para o uso de glifosato na Europa foi estendida por mais cinco anos.

Aprovado pelo voto positivo de 18 países membros, o uso do polémico herbicida continuará a ser legal em território europeu. Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, Holanda, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia deram o cartão verde à continuação do uso do glifosato.

Os votos negativos por parte de França, Bélgica, Grécia, Croácia, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta e a Áustria, e a abstenção de Portugal, não foram suficientes para travar a renovação da licença, com várias associações ambientalistas a lamentarem o resultado desta votação.

“Infelizmente, o lobby da agricultura intensiva e industrial continua a ser mais forte”, lamentou a associação nacional Quercus, pela voz do seu presidente, João Branco. Também a Greenpeace, conhecida ong ambiental mostrou o seu desagrado com a situação, afirmando que os estados membros “estão a trair a confiança que os europeus depositaram neles e deixam-nos com mais cinco anos de glifosato a contaminar o ambiente, os nossos corpos e a nossa alimentação”, alertou Franziska Achterberg.

De recordar que este herbicida tem estado no centro de acesas polémicas, com inúmeras instituições e documentos a alertarem para o seu risco, sendo mesmo considerado pela Organização Mundial de Saúde como um “carcinogénio provável”.

Em Portugal, o uso do glifosato como herbicida em espaços públicos, caso de jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais, está proibido desde Janeiro de 2017.

Foto: Diggita Italia / flickr 





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