Google testa carro sem condutor



Durante 220 mil quilómetros, um automóvel sem condutor andou pelas estradas da Califórnia. E ninguém notou. Acredita?

Sim, é difícil de acreditar, mas o Google, o cérebro deste projecto, garante que esta é a mais pura das verdades.

O gigante norte-americano anunciou este fim-de-semana, no Salão Automóvel de Paris, que uma frota de Toyota Prius (e um Audi TT) modificada já acumulou 220 mil quilómetros de condução – 11.200 sem intervenção humana e os restantes com ocasional intervenção humana.

Esta pouco habitual experiência automóvel aconteceu na Califórnia, nos Estados Unidos, e não foi “notada” por ninguém, apesar dos responsáveis pelo projecto afirmarem que os veículos circularam no meio do trânsito intenso.

Isto porque, diz a empresa norte-americana, um engenheiro sentou-se a tempo inteiro ao volante, podendo a qualquer altura desligar o “cruise control” e guiar, ele próprio, o veículo.

De acordo com o Google, o objectivo deste novo carro inteligente é melhorar a segurança das pessoas em movimento, aumentar a poupança de energia (em relação ao fluxo de tráfego, dirigibilidade ou eficiência dos percursos) e, porque não, permitir que as pessoas gastem o seu tempo de viagem a fazer algo de mais útil que conduzir.

O carro está equipado com câmaras de vídeo e sensores de toque que medem constantemente o que rodeia o veículo. “Larry Page e Sergey Brin criaram o Google porque queriam contribuir para resolver problemas mundiais utilizando a tecnologia.  No entanto, uma preocupação de hoje é a segurança rodoviária, libertando tempo para os motoristas e reduzir as emissões de CO2, alterando radicalmente o uso dos carros”, explicou um dos engenheiros do Google, Sebastian Thrun, no blog da empresa.

O automóvel está formatado para ter uma personalidade própria. Pode escolher o modelo “cauteloso”, que deixa passar o outro veículo – ou o agressivo, que não é um “gentleman” e passa, ele próprio, à frente.

O Google chama a estes novos veículos os “comboios de auto-estrada do futuro”. Será que em breve vamos ter veículos sem condutores nas estradas de todo o mundo? Será que a inteligência artificial vai revolucionar a indústria de transportes da próxima década?  E será que o Google vai mesmo entrar no mercado automóvel – e dos transportes ?

Leia tudo sobre este projecto futurista no The New York Times (foi lá, também, que retirámos a imagem).





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