Há bactérias a “fabricar” plástico na Universidade Nova



O Grupo Bioeng, uma unidade de investigação da Universidade Nova de Lisboa, usa bactérias para transformar resíduos alimentares em plástico. Todas as semanas produz dois a três quilos de uma matéria em tudo semelhante ao plástico feito a partir do petróleo. A diferença é que enquanto este demora séculos a decompor-se, esta nova fibra dissolve-se na água em três a quatro semanas.

Soro de leite, resíduos de concentrados de fruta, lamas das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e resíduos sólidos urbanos são a “ementa” das bactérias que fazem esta extraordinária transmutação.

A substância que nasce deste processo de “digestão” chama-se biopolímero, mas à vista e ao tacto mal se distingue dos plásticos finos e transparentes que utilizamos no supermercado.

Tudo indica que este poderá tornar-se um substituto do plástico para efeitos de consumo massificado. Até lá o maior obstáculo que existe é o seu custo de produção, cerca de dez vezes superior. Maria Reis, a professora catedrática que lidera este projecto diz que a redução destes custos de produção está agora no topo dos objectivos da sua equipa de trabalho.

Foto: Creative Commons





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