Impactos de olival junto a aldeia de Aljustrel vão ser minimizados

O proprietário de um olival junto à aldeia de Ervidel, no concelho de Aljustrel, vai implementar medidas para “minimizar os impactos” da plantação nesta localidade do distrito de Beja, informou a Câmara Municipal local.
Em causa está um olival plantado junto a Ervidel, que terá dado origem a um “rio de lama”, formado por terra e plantas, que após a chuva registada na noite de 05 de janeiro inundou habitações e áreas públicas na zona baixa da aldeia.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Câmara de Aljustrel revelou que o compromisso de implementar medidas de minimização dos impactos do olival foi assumido pelo proprietário, na terça-feira, durante uma reunião no Ministério da Agricultura, que contou também com a presença dos presidentes da autarquia e da Assembleia Municipal, da presidente da Junta de Freguesia de Ervidel e do presidente da empresa gestora do Alqueva.
“Ficámos satisfeitos que o proprietário tenha a intenção de, efetivamente, olhar para os impactos diretos que esta situação causa na população e na sua qualidade de vida, e tenha feito aqui um esforço para chegarmos a algum ‘ponto de encontro’”, disse hoje à agência Lusa a presidente da junta de freguesia, Andreia Piassab.
De acordo com a autarca alentejana, a sua maior preocupação “é a qualidade de vida da população, pela proximidade do olival e pelo lançamento de químicos e fitofármacos” no local.
“Mas existindo este esforço da parte do proprietário para poder minimizar aquilo que poderá ser um impacto mais direto, já ficámos mais tranquilos”, disse Andreia Piassab.
Segundo o comunicado da Câmara de Aljustrel, o proprietário do olival em causa vai “equiparar” os limites deste aos “do perímetro do respetivo bloco de rega”, assim como “plantar uma cortina arbustiva”.
A instalação de “um sistema de drenagem nos limites da propriedade que garanta o escoamento das águas pluviais, desviando-as do aglomerado urbano” é outra das medidas preconizadas.