Japão: radiação de Fukushima continua a afectar insectos da região



Três anos depois do desastre nuclear de Fukushima, os habitantes da região começam a regressar às suas vidas normais, mas os perigos da radiação continuam presentes e há quem continue a sentir na pele os seus efeitos, nomeadamente os insectos que vivem nas imediações da central.

Os cientistas descobriram que a radiação ainda está a afectar as larvas de borboleta, que se alimentam de folhas contaminadas com radiação. Consequentemente, estes animais têm uma taxa de sobrevivência menor e anormalidades físicas.

Os investigadores examinaram vários exemplares da borboleta azul pálida, uma espécie comum no Japão, para perceber os efeitos da ingestão de plantas crescidas nas imediações da central. Quando as larvas de borboleta se alimentam de folhas contaminadas, os cientistas notaram que a sua taxa de sobrevivência é menor e que as anormalidades físicas provocadas pela radiação são mais frequentes, nomeadamente asas mais pequenas, refere o Inhabitat.

Mas o problema não acaba aqui. Num outro estudo, os investigadores descobriram que mesmo as plantas com concentrações baixas de radiação estavam a causar problemas aos insectos. Plantas que foram colhidas das imediações da central e de locais bastante afastados, entre 16 a 20 meses após o desastre nuclear, possuíam concentrações de radiação suficientes para prejudicar as borboletas. Os cientistas encontraram também menos borboletas nas imediações da central, o que confirma a menor taxa de sobrevivência dos animais.

Foto: kampang / Creative Commons





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