Museu da Cidade vai revelar Lisboa pré-terramoto em 3D



Como era Lisboa antes do terramoto de 1755? A partir da próxima quinta-feira, esta pergunta será respondida, em versão 3D, no Museu da Cidade, no Campo Grande.

A reconstituição em 3D da cidade tem por base uma das obras mais emblemáticas do Museu da Cidade, uma maqueta de grandes dimensões executada por Ticiano Violante entre 1955 e 1959.

O projecto que agora vê a luz do dia foi iniciado em Junho de 2005 e compreende a reconstituição virtual e rigorosa da totalidade da maqueta, ou seja, a reconstituição de 23 pontos notáveis da “outra” cidade, entre os quais o Convento do Carmo, Terreiro do Paço, Convento da Graça ou Igreja de Santa Engrácia.

A visita virtual prevê ainda a recriação de cinco cenas históricas relevantes do quotidiano do século XVIII ou a criação de percursos pré-definidos e que estabelecem um circuito pelos pontos notáveis.

A concepção do projecto, levantamento iconográfico e investigação histórica foram executadas pelo Museu da Cidade, tendo servido de base ao trabalho de modelação tridimensional desenvolvido pela empresa Sdesign_world.

Ruas, praças, igrejas, conventos, edifícios públicos e palácios da primeira metade do século XVIII, muitos deles desaparecidos ou alterados na sequência do terramoto de 1755, podem agora ser revistos, permitindo ao público conhecer melhor a Lisboa barroca.

“Com recurso às novas tecnologias, e partindo de uma das peças do museu que mais empatia e admiração colhe junto do público, foi desenvolvido um sistema multimedia interactivo onde corre um programa que possibilita, a partir de um modelo 3D, ver a cidade anterior ao terramoto”, explicou ao Diário de Notícias Ana Cristina Leite, directora do museu.

Numa época em que se fala tanto da baixa lisboeta, numa óptica de planeamento urbano, vale a pena ver esta “outra” baixa.

Na foto: o Convento do Carmo em 1755. Veja aqui outros dos edifícios agora recuperados virtualmente.





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