Nascimento de duas crias de leopardo criticamente ameaçado dá “contributo importante” para conservação da subespécie (vídeo)



Duas crias de leopardo-de-amur (Panthera pardus orientalis) nasceram a 13 de agosto no parque zoológico de Saint Louis, nos Estados Unidos da América, marcando um “contributo importante” para a conservação de um dos felídeos mais ameaçados do mundo.

Também conhecido como leopardo-da-sibéria, é uma das oito subespécies de leopardo e ocorre no extremo oriental da Rússia e no nordeste da China, classificada como “Criticamente em Perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza. A caça furtiva, a perda de habitat e a consanguinidade são algumas das principais ameaças, fatores que levaram a grandes declínios das populações selvagens desde o século passado.

Existindo somente uns estimados 100 indivíduos a viverem em regime selvagem, cada nascimento é considerado uma vitória para a sua conservação.

As crias são a segunda ninhada do casal Dot, a fêmea, e Samson, o macho, ambos com sete anos de idade, que chegaram ao zoo em 2020 e 2021, respetivamente, para integraram o programa norte-americano de reprodução em cativeiro de leopardos-de-amur da Associação de Zoos e Aquários (AZA). O objetivo é, eventualmente, reforçar as populações selvagens vulneráveis à extinção com indivíduos criados em cativeiro.

As equipas dizem que a progenitora e as duas crias estão bem de saúde e a prosperar, embora ainda demore alguns meses até que possam ser avistados pelos visitantes do zoo.

Na Natureza, os leopardos-de-amur nascem cerca de 100 dias de gestação, sendo que as crias permanecem com as progenitoras durante aproximadamente um ano e meio. As mães permitem, por norma, que as suas crias fêmeas se mantenham no seu território até atingirem a idade adulta, mas os jovens machos abandonam a família mais cedo para conquistarem os seus próprios territórios.

“Sendo mãe pela segunda vez, a Dot sabe exatamente o que fazer”, diz, em comunicado, Julie Hartell-DeNardo, curadora da coleção de carnívoros em Saint Louis.

A progenitora, Dot, com as crias. Foto: Saint Louis Zoo.

“Cada nascimento de leopardos-de-amur é crítico para a sobrevivência desta espécie rara”, salienta.

A instituição zoológica diz que os técnicos estão a monitorizar continuamente o desenvolvimento das crias através de câmaras instaladas no interior do recinto onde residem com a progenitora, uma vez que, como sublinha, “os primeiros meses de vida são críticos para leopardos recém-nascidos”.

Em breve, serão avaliadas medicamente pela primeira vez, altura em que se espera poder determinar o seu sexo, após o que ser-lhes-ão atribuídos nomes.

Desde 1991 que já nasceram seis crias de leopardos-de-amur no zoo de Saint Louis. As primeiras foram Dimitri e Sergi, dois machos, seguidos de Sofiya em 2008, Anastasia em 2010 e Anya e Irina há três anos.






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