O economista alfacinha que trocou tudo pela agricultura biológica no Ribatejo (com VÍDEO)



Desde 1413 que a família de Virgílio Pestana trabalha terras ribatejanas. Este chamamento secular foi mais forte que o economista de 67 anos, levando-o a trocar Lisboa por Rio Maior há 23 primaveras para se especializar na agricultura biológica. Uma decisão difícil.

“A minha filha nasceu em 1991 e houve uma tomada de consciência minha – e da minha mulher – que a forma mais saudável de vivermos seria a tomar conta das minhas terras e fazer crescer a nossa filha num ambiente saudável”, explicou Virgílio ao Economia Verde.

Na Casa da Caldeira, a agricultura biológica é uma filosofia de vida. “Fui tomando consciência de que através da produção ambiental e da agricultura biológica se conseguem produzir alimentos saudáveis. E isso é importantíssimo”, continuou Virgílio.

O responsável explica que, em 1994, todas as suas terras já estavam certificadas em modo de produção biológica. Na propriedade crescem frutos, hortícolas e ervas aromáticas, alguns transformados de forma artesanal e todos eles vendidos em mercados biológicos, sobretudo na área de Santarém e Grande Lisboa.

O economista português já exporta alguns dos seus produtos para lojas de Paris, França, um país que melhor entende, na opinião de Vergílio, o mercado biológico.

A Casa da Caldeira tem ainda um pequeno reduto de mata mediterrânica do período terciário – o grande sonho de Virgílio é permitir que os visitantes possam conhecer um pouco deste património cultural, através de um centro de interpretação e respectiva sinalética. A casa permite a estadia de hóspedes e estes são convidados a participar nas actividades agrícolas e ajudar na confecção de alguns produtos.





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