Pólo Norte pode tornar-se rota marítima em 2050



Cientistas da Universidade da Califórnia anunciaram que, em 2050, os navios serão capazes de viajar pelo Pólo Norte durante os meses de Verão. A abertura da rota marítima reduziria os custos do transporte de mercadorias entre a Europa e a China, mas originaria uma série de novos desafios económicos, políticos e ambientais.

Nos últimos sete anos, os níveis de gelo presente, no período do Verão, no norte da Rússia, têm baixado de tal forma que 46 navios capazes de navegar em climas gelados têm circulado com sucesso na passagem pelo Árctico.

Mas em 2050 praticamente qualquer navio será capaz de fazer a mesma viagem, concluíram os cientistas a partir de sete modelos climáticos diferentes. Os navios concebidos para viajar no gelo serão mesmo capazes de circular por todo o Pólo Norte.

“A perspectiva de haver navios de mar aberto comuns, que compõem a grande maioria da frota mundial, a entrarem no Oceano Árctico no final do Verão (…) aumenta a urgência de um quadro regulamentar da Organização Marítima Internacional para assegurar adequadas protecções ambientais, normas de segurança dos navios e a capacidade de busca e salvamento”, escrevem os cientistas no seu artigo.

Uma viagem através da rota marítima do norte entre a China e a Noruega representa uma poupança média de 18 dias e 580 toneladas de combustível. Os donos dos navios alegam que é possível economizar entre €180 mil (R$ 463 mil) a €300 mil (R$ 772 mil) em cada trajecto.

Economias à parte, abrir um grande mar branco no norte do globo terá consequências devastadoras para uma das últimas fronteiras naturais.





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