Santarém apresenta projeto de requalificação da frente ribeirinha num investimento de 4,7 ME



A Câmara Municipal de Santarém apresentou hoje um projeto de requalificação da frente ribeirinha, num investimento de 4,7 milhões de euros que prevê a construção de um parque junto ao Rio Tejo, entre a Ribeira de Santarém e Alfange.

“É impensável termos um património como o Rio Tejo e a cidade, os habitantes e aqueles que nos visitam não poderem desfrutar deste património. Queremos devolver o rio à cidade e criar um parque verde para que as famílias possam aproveitar esta zona única do nosso concelho”, afirmou o presidente da autarquia, João Teixeira Leite, à agência Lusa.

O projeto, intitulado “Parque Natura Tejo”, envolve um investimento total de 4,7 milhões de euros, dos quais a Câmara já assegurou 3,5 milhões através do programa Portugal 2030.

“Vamos tentar que este valor possa crescer ainda mais. Mas, se tal não acontecer, a Câmara garante que assegurará o investimento necessário para a concretização do projeto”, acrescentou o autarca.

A apresentação do projeto marcou hoje as celebrações do Dia da Cidade e prevê a construção de diversas infraestruturas destinadas à promoção da atividade desportiva e ao convívio da população.

Entre os equipamentos previstos estão passadiços, parques infantis, miradouros, um campo de futebol de praia, pequenas zonas fluviais e um anfiteatro natural.

Segundo o responsável pela elaboração do projeto, o arquiteto Luís Ribeiro, estão também previstas várias áreas para a prática desportiva e zonas de convívio.

O projeto será desenvolvido em duas fases. A primeira, que contempla a criação de um parque desportivo, terá um custo de 1 milhão de euros e arrancará já em 2025.

A segunda fase prevê a criação do Parque Natura Tejo, abrangendo toda a área entre a Ribeira de Santarém e Alfange.

“Queremos criar um percurso pedestre e ciclável lindíssimo, com vários pontos de observação da paisagem e do ecossistema que nos rodeia, ligando a Ribeira de Santarém a Alfange”, explicou João Teixeira Leite.

Questionado sobre o impacto das cheias frequentes naquela zona durante períodos de chuva intensa, o presidente da autarquia garantiu que o projeto está preparado para essas situações, tendo sido desenvolvido em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O projeto será agora consultado pelas juntas de freguesias e pelo clube de canoagem, para que possam dar os seus contributos.

Ainda no âmbito das celebrações do Dia da Cidade, a Câmara inaugurou a reabilitação da Torre das Cabaças, um edifício manuelino do século XVI situado junto ao Museu de São João de Alporão, que estava encerrado desde a pandemia.

Segundo o vereador da Cultura, Nuno Domingos, a intervenção abrangeu tanto o exterior quanto o interior da torre, que está dividida em três pisos.

“Estamos a falar de uma torre manuelina que remonta ao século XVI, o que significa que, ciclicamente, precisa de ser reabilitada. Foi esse o processo que decorreu na primeira metade do ano passado”, explicou.

No primeiro piso, foi instalada uma exposição dedicada ao tempo e à própria torre, acompanhada por uma coleção de relógios de sol.

O segundo piso alberga uma exposição com cerca de 30 relógios adquiridos pelo município há várias décadas.

Já no terceiro piso, foi criado um miradouro, que oferece uma vista panorâmica de 360 graus sobre Santarém.

“Nós introduzimos na museografia da Torre a coleção de relógios. Não estão todos expostos, mas selecionámos os mais significativos. São mais de 30 relógios, numa coleção absolutamente fabulosa, considerada, senão a melhor, uma das melhores do país”, destacou o vereador.

A cerimónia de inauguração contou com a presença da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.





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