Tanzânia: Rainha do Marfim presa por contrabandear 706 presas de elefante



Yang Feng Glan, conhecida como a Rainha do Marfim na Tanzânia, foi detida neste país africano e acusada de contrabandear 706 presas de elefante no valor de €3,4 milhões. As presas tinham como destino a China, segundo o The Guardian.

A mulher, de 66 anos, foi monitorizada durante o ano de 2014 por uma unidade de investigação de crimes transnacionais da Tanzânia que, a 28 de Setembro, a deteve em Dar es Salaam e acabou por ouvir da sua boca a confissão. Sem direito a fiança, Yang Feng Glan enfrenta uma pena que poderá chegar aos 30 anos de prisão.

De acordo com a brigada, Glan está no activo há pelo menos 14 anos, tendo as suas actividades contribuído, directa ou indirectamente, para a perda de mais de 70% dos elefantes da Tanzânia da última década.

“Em África, prendem-se alguns ‘peixes pequenos’ aqui e ali. Agora, finalmente, prenderam um ‘peixe grande’”, explicou a co-fundadora e porta-voz da Elephant Action League, Andrea Costa, referindo-se a Yang Feng Glan.

“Até que enfim uma traficante de alto perfil está presa. Esperamos que ela possa levar a que outros grandes traficantes e funcionários públicos corruptos [o sejam]. Precisamos de colocar um fim ao tempo dos intocáveis, se quisermos salvar os elefantes”, continuou.

Nascida em Pequim, China, Yang Feng Glan vive na Tanzânia desde os anos 70, quando aprendeu o idioma e se tornou tradutora. No decorrer dos anos, ela fez a sua fortuna a partir de várias propriedades, possuindo ainda o maior restaurante chinês, na estação de Dar es Salaam.

Segundo o Guardian, os seus contactos no restaurante e a sua posição como secretária-geral do Conselho de Negócios entre a China e a África poderão tê-la capacitado a organizar a sua estrutura à volta do comércio clandestino de marfim.

Foto: Derek Keats / Creative Commons





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