Universidade de Aveiro desenvolve chão inteligente que permite localizar pessoas e objectos
O Instituto de Telecomunicações da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um protótipo de um novo tipo de chão inteligente que está coberto de sensores e permite saber “a cada momento a localização exacta de quem o percorre”. A tecnologia pode ainda ser incorporada em bengalas para invisuais, no sentido de melhorar as suas condições de mobilidade.
O objectivo é que estes sensores possam ser incorporados em revestimentos cerâmicos e foram especialmente pensados para o chão de espaços onde a orientação não é intuitiva. “Em hospitais, aeroportos, centros comerciais, por exemplo, bastaria apenas um clique no smartphone para saber onde está e que caminho tem de percorrer até ao destino desejado”, lê-se no jornal online da UA.
Este pavimento inteligente “tem aplicação em cenários onde a navegação seja mais difícil porque cria uma interacção entre o espaço e as pessoas”, começa por explicar Nuno Borges Carvalho, investigador do Instituto de Telecomunicações (IT). “Pode ser utilizado por cegos para melhor navegarem em sítios públicos, pode ser utilizado por lares de terceira idade ou uma casa onde os habitantes queiram criar interacções, como entrar na sala e a luz desse compartimento ligar-se automaticamente”, explica.
De acordo com Ricardo Gonçalves, também investigador no IT, “o sistema usado é equivalente àquele que é utilizado nos sistemas de acesso em edifícios ou nos transportes públicos”. Recorrendo a um retransmissor de RFID (identificação por radiofrequência), colocado em cada ladrilho, o pavimento fica “apto a comunicar com um dispositivo que reencaminha os dados através de comunicações de rádio para um computador ou telemóvel”, sendo especialmente útil para serviços de localização de pessoas e objectos com a precisão de alguns centímetros”, destaca Nuno Borges Coelho.
O próximo passo do projecto passa por estabelecer parcerias com a indústria cerâmica para a comercialização dos primeiros ladrilhos inteligentes.