“O CINCOS’10 foi um verdadeiro congresso de inovação”



Durante três dias, de 4 a 6 de Novembro, o Curia Palace Hotel reuniu empresas, autarquias, centros de Investigação & Desenvolvimento (I&D), particulares, academia e associações empresariais ligadas o cluster habitat.

O CINCOS’10, organizado pela Plataforma para a Construção Sustentável, vai voltar dentro de dois anos, em local e data a anunciar no primeiro trimestre de 2011.

O Green Savers falou com o professor Victor Ferreira, da organização do CINCOS’10, que fez o balanço do congresso da construção sustentável.

Que balanço faz do CINCOS’10?

Faço um balanço muito positivo. O congresso pretendia agregar os diversos agentes do cluster Habitat e atingiu os seus objectivos, quer em termos das comunicações recebidas quer em termos da diversidade dos participantes. Isto é, tivemos representantes e profissionais de empresas, municípios, universidades e centros tecnológicos, associações empresariais, a maioria já associados da Plataforma para a Construção Sustentável, que organizou o evento e que é a entidade gestora do cluster Habitat Sustentável em Portugal. Para além das comunicações efectuadas pelas empresas e demais entidades, tivemos também cinco mesas redondas com oradores convidados que decorreram de forma muito dinâmica.

Considera que as altas expectativas criadas para o congresso foram confirmadas?

Considero que sim. Nos tempos que correm, com todas as dificuldades levantadas pela conjuntura actual, o congresso conseguiu reunir um grande número de participantes com experiências profissionais diversificadas e isso permitiu transformá-lo num espaço de debate alargado e gerador de sinergias, em termos de inovação e competitividade, como era nosso desejo.

Quais os pontos altos do congresso?

Gostaria de destacar as mesas redondas, devido à elevada participação e à qualidade do debate, mas também duas acções ocorridas durante o jantar do congresso, onde tivemos a presença do Dr. Nelson de Souza (COMPETE) que, em conjunto com mais 3 pólos de competitividade (Energia, TICE e Produtech), nos permitiu lançar as sementes da cooperação no domínio das interfaces potenciais entre pólos e clusters de competitividade. O outro ponto alto esteve relacionado com a assinatura do protocolo de cooperação entre o nosso cluster Habitat Sustentável e o cluster Construcción de Espanha, num esforço para promover a cooperação internacional.

Gostaria também de destacar o facto de a última tarde do congresso ser uma parceria com a CCDR-Centro, no âmbito de uma organização do evento local do “Open Days 2010”, que exprimia em termos nacionais uma iniciativa da União Europeia para as regiões e à qual a organização do evento teve particular honra em estar associada.

O que poderia ter corrido melhor, ou seja, quais os pontos a mudar para a próxima edição?

Como qualquer organização queremos diversificar e aumentar as participações, pelo que teremos que repensar no formato da próxima edição (CINCOS’2012) de modo a atingir este objectivo. De resto, acho que [devemos manter] o conceito de colocar as empresas, centros de I&D, municípios e outros a falar sobre o que fazem, que produtos e soluções estão a desenvolver com a tónica na sustentabilidade, dando por isso uma imagem muito viva e real da evolução do cluster. Este é definitivamente um conceito a manter para 2012. Trata-se de um verdadeiro congresso de inovação pensado em reforçar a competitividade dos agentes do cluster.

Que temas suscitaram maior discussão?

Os temas abordados nas mesas redondas. Destaco o “edifício de emissão zero” e o que é preciso fazer para o conseguirmos construir numa óptica de desenvolvimento de produtos e soluções mas também de adequação da regulamentação. Foi também muito concorrido o tema das “cidades sustentáveis”, na óptica do desenvolvimento de uma nova cultura de planeamento e regeneração urbana. O tema dos “mercados e financiamento” e o das políticas públicas de incentivo à sustentabilidade do habitat foram também discussões interessantes e mobilizadoras para o futuro.

A iniciativa pretendia também reflectir os projectos e actividades das empresas, autarquias, centros de investigação e demais entidades do cluster Habitat Sustentável. Destas, qual na sua opinião demonstrou um maior interesse no congresso?

Tivemos contributos de todas estas entidades e penso que ouve um bom equilíbrio em termos do interesse gerado nos participantes do congresso. Não posso destacar uns em relação aos outros, até porque cultivamos a importância da diversidade na participação como elemento força deste cluster, importante para o seu desenvolvimento. Esperamos que haja mais representantes de cada um destes sectores nos próximos eventos.

Quais as conferências mais procuradas pelos participantes?

Devido à diversidade das comunicações e dos participantes, penso que houve público para todas elas, desde as que versaram a eficiência energética até às que apresentaram novos produtos e soluções para um ambiente construído mais sustentável.

Já há data para uma nova edição do congresso? Quando e onde?

Este congresso, cuja primeira edição se realizou em 2008, tem esta periodicidade de dois anos, pelo que a próxima edição se realizará em 2012 em local e data a definir e a anunciar no primeiro trimestre de 2011. Será um evento com um conceito diferente em alguns aspectos, mas muito interessante para as empresas, municípios e centros de I&D.





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