Exposição de Vik Muniz no Museu Berardo arranca amanhã
É já amanhã, 21 de Setembro, pelas 19h30, que arranca no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, a retrospectiva da obra do artista plástico e fotógrafo brasileiro Vik Muniz. A exposição vai contar com cerca de uma centena de trabalhos desde 1980 até aos dias de hoje e vai ficar patente até 31 de Dezembro.
Segundo a organização, o artista plástico estará presente na inauguração da mostra, que já passou por Nova Iorque (no MoMA), por Miami (Miami Fine Artas Museum), México e Canadá. Esta será a primeira vez que Vik Muniz terá uma exposição, em nome próprio, na Europa.
A exposição é patrocinada pela SPV e resulta de uma co-produção entre o Museu Colecção Berardo e o Estúdio Vik Muniz, em Nova Iorque, onde o artista está radicado há 25 anos.
Aquando da sua passagem pelo Brasil, esta foi a exposição mais vista de sempre de um artista brasileiro, com 100 mil visitantes no Rio de Janeiro e 200 mil em São Paulo.
Vicente José de Oliveira Muniz – Vik Muniz – nasceu em São Paulo em 1961 e tem desenvolvido o seu trabalho nas áreas da fotografia, desenho, pintura e gravação. Estudou publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, e mudou-se em 1983 para Nova Iorque, onde passou a viver e a explorar materiais menos habituais nos seus trabalhos de artes plásticas e fotografia.
Desde 1988 que Moniz cria séries de trabalhos nas quais tem investigado sobretudo temas relativos à memória, à percepção e à representação de imagens do mundo das artes e dos meios de comunicação, usando técnicas diversas e materiais invulgares como o açúcar, chocolate líquido, leite condensado, molho de tomate, gel para o cabelo, lixo e terra.
Este ano, o filme Lixo Extraordinário, que fez sobre a vida dos apanhadores de lixo do Aterro Sanitário Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, foi um dos cinco nomeados para os Óscares na categoria de Melhor Documentário.
Mais recentemente, Vik Muniz foi a grande estrela da 4ª edição dos Green Project Awards. Então, Vik explicou que, enquanto artista plástico, passava “mais de metade” do seu tempo a “pensar na sustentabilidade como um assunto pessoal”. “Nós somos treinados para não ver o lixo. Como artista plástico, pareceu-me muito interessante trabalhá-lo”, afirmou então.