7 consequências das alterações climáticas que nos podem matar
A Organização Mundial de Saúde prevê que as alterações climáticas causarão mais 250.000 mortes em todo o mundo entre 2030 e 2050, sobretudo devido à malária, diarreia, exposição solar e malnutrição. Estas serão piores nos países em desenvolvimento, onde as pessoas estão mais expostas a estes elementos, mas não deixarão de visitar o chamado Primeiro Mundo.
No ano passado, mais de 300 especialistas climáticos desenvolveram uma análise exaustiva ao aquecimento global nos Estados Unidos. Estas são sete das conclusões, citadas pelo The Guardian, que podem perfeitamente enquadra-se noutros pontos do globo, incluindo a Europa e Portugal.
1.Mordidelas que matam
Os insectos mais perigosos do mundo encontrarão no clima norte-americano um habitat perfeito para morar, e ainda que o país esteja melhor preparado que outros para responder a uma crise deste calibre, haverá sempre alguém que sucumbirá a doenças como o dengue.
2.Tosse, chiadeira, falta de ar
O número de asmáticos nos Estados Unidos subiu de 7,3% em 2001 para 8,3% em 2010. Existem hoje 25,7 milhões de asmáticos no país e o número vai continuar a crescer. Com o aumento das temperaturas, avisa Kim Knowlton, cientista da Natural Resources Defense Council (NRDC), “será mais difícil respirar”.
3.Zero calorias e sopa de pesticidas
As alterações climáticas irão influenciar a agricultura, que terá época mais curtas e precárias. Por outro lado, o dióxido de carbono altera a balança de nitrogénio no solo, roubando as proteínas e micronutrientes às plantas. Ou seja, a segurança alimentar será mais complexa e a comida menos nutritiva.
4.Estação das alergias não terá fim
Os dias serão mais amenos, com menos frio, e as plantas florescerão mais cedo. Por outro lado, o CO2 existente no ar levará as plantas a produzirem mais alergénicos. O resultado são alergias intermináveis.
5.Verão na cidade
As ondas de calor serão mais severas e as cidades acusaram a maioria destas alterações. Os seus hospitais encher-se-ão de doentes cardiovasculares, respiratórios e do fígado. Os enfartes também aumentarão.
6.Demasiada água – ou seca
Não há meio termo nas alterações climáticas – e recursos como a água serão a prova desta teoria. Existirão inundações nalguns pontos do globo e secas extremas noutros.
7.Dias de sol que nos enlouquecerão
Os investigadores encontraram uma ligação entre as temperaturas altas e o aumento das taxas de suicídio e demência. Alguns medicamentos tomados por pacientes com desordens mentais extremas – como esquizofrenia – interrompem a capacidade do corpo em regular a temperatura, tornando-os mais vulneráveis aos ataques de calor e hipotermia.
Foto: U.S. Geological Survey / Creative Commons