A história não oficial do unicórnio (com FOTOS)



O unicórnio é um animal lendário – associado com a magia, a beleza e a felicidade. A raridade mítica deste símbolo, de alguma forma relacionado com a nobreza, tem evoluído ao longo da história da humanidade. Tradicionalmente, o unicórnio é associado a uma forma equina bela, mas no passado recente o termo passou a ser utilizado também para designar alguém especial.

Iconograficamente, a representação do unicórnio corresponde a um animal de pelagem branca com um longo corno em forma de espiral. Porém, cientificamente, o unicórnio é qualquer animal que tenha apenas um corno. E, segundo este critério científico, já existiram cabras, vacas, veados e outros animais que desenvolveram apenas um corno ou haste devido a mutações genéticas naturais, o que faz de todos estes animais uma espécie de unicórnio. Não esqueçamos também o “filho ilegítimo” do unicórnio, o narval.

Tradicionalmente representado à frente de um arco-íris ou a lutar com um leão, as representações do unicórnio encontram-se espalhadas por todo o mundo, abrangendo tanto a história ocidental como a oriental. Mas como foi introduzida a figura mitológica do unicórnio na história da cultura e civilização humana?

Uma das referências mais antigas do unicórnio data do século V e foi feita pelo historiador e físico grego Ctesias. Na descrição, Ctesias escreveu acerca de criaturas brancas e poderosas com cabeças vermelhas, olhos azuis-escuros e um único e colorido corno com perto de 50 centímetros, escreve o Mashable. Especialistas em mitologia, como Odell Shepard, acreditam que Ctesias terá ouvido acerca do unicórnio através de viajantes indianos – no que provavelmente foi uma pobre descrição de um rinoceronte. Entre outras figuras históricas que escreveram sobre os unicórnios encontram-se Aristóteles, Alexandre o Grande, Genghis Khan e Júlio César.

Algumas das representações mais emblemáticas deste animal encontram-se em tapeçarias do final do século XV e início do século XVI. Meticulosamente tecidas no sul dos Países Baixos a partir de seda, lã e fios metálicos, estas tapeçarias são conhecidas como “A Caça do Unicórnio” ou “As Tapeçarias do Unicórnio”. As tapeçarias pertenceram à família La Rouchfoucald durante séculos, até que em 1923 a família as vendeu a John D. Rockefeller, que posteriormente as doou ao Metropolitan Museum of Art. O valor actual das peças é incalculável. Outra série de seis tapeçarias famosas que representam o animal são “A Dama e o Unicórnio”, tecidas na Flandres.

Também a rainha Isabel I tem uma história ligada ao animal. Durante o seu reinado, foi-lhe oferecido pelo explorador Martin Frobisher um corno de unicórnio, que este comprou no Canadá. O artefacto ficou conhecido como “Corno de Windsor”. Anos mais tarde foi descoberto que o corno de unicórnio era afinal de um narval.

As representações do unicórnio foram variadas até à actualidade. Com o advento da televisão e o aparecimento dos desenhos animados, o animal foi incorporado no imaginário infantil. Mais tarde, com o aparecimento dos vídeo jogos, o unicórnio foi igualmente introduzido. A última moda são as máscaras de unicórnio, que se sucederam à popularização das máscaras de cavalo em 2010.

Foto:  Rob Boudon / Creative Commons

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