Aderir ao vegetarianismo pode diminuir a pegada ecológica para metade
A indústria agrícola é uma das principais contribuidoras para o aquecimento global, sendo responsável por uma quota-parte das emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera. Mas nem todos os produtos agrícolas são iguais e contribuem com a mesma percentagem de emissões.
Um novo estudo revela que daqueles que comem cerca de 113 gramas de carne por dia, ou mais, são responsáveis por quase o dobro das emissões de CO2, comparados com os vegetarianos e quase por 2,5 vezes mais que os vegans.
Tais quantidades de CO2 emitidas justificam-se porque através do consumo directo de vegetais, frutas e grãos, em vez de os dar como alimento aos animais para produzirem carne, é possível reduzir a quantidade de CO2 produzido pelas quintas e maquinaria agrícola. Adicionalmente, uma dieta vegetariana ou vegan diminui indirectamente a quantidade de óxido nitroso libertado pelos solos cultivados e fertilizados, assim como diminui a quantidade de metano produzido pelo gado.
O estudo, liderado por investigadores britânicos, analisou a dieta de 2.014 vegans e 15.751 vegetarianos, de 8.123 indivíduos que se alimentavam apenas de peixe, de 29.589 consumidores de carne, todos residentes no Reino Unidos. Posteriormente, foram estimadas as emissões de gases com efeito de estufa associadas a 289 tipos de comida. Os dados foram combinados para determinar os impactos ambientais dessas quatro dietas, baseadas no consumo diário de 2.000 calorias por dia, refere o Grist.
Os resultados foram publicados na revista Climatic Change. Do estudo, os investigadores concluíram que os grandes consumidores de carne produzem 7,3 quilos de CO2 diariamente; os consumidores ligeiros de carne produzem 4,7 quilos de CO2; os consumidores de peixe cerca de 3,9 quilos de CO2; os vegetarianos 3,8 quilos e os vegan 2,9 quilos.
Foto: TomsFarmDiary / Creative Commons