África: elefantes da savana diminuíram 30% entre 2007 e 2014



A população de elefantes a viver nas savanas de África diminuiu 30% entre 2007 e 2014, avança um censo pan-africano publicado recentemente, após investigação feita em 18 países. A principal causa para este desaparecimento foi a caça ilegal.

Com um orçamento de €6,3 milhões e pela mão de Paul Allen, fundador da Microsost e filantropo do projecto, foi possível estender a pesquisa a uma dimensão nunca antes alcançada. E o que os investigadores encontraram é desolador.

O objectivo do estudo foi criar uma base de dados credível para o futuro estudo das populações de elefantes, dizimados por caçadores furtivos em busca de pedaços de marfim. “Sabendo que as populações de elefantes estão em declínio, partilhamos a responsabilidade colectiva de agir,” alertou Paul Allen, em declarações à AFP.

A investigação começou em Dezembro de 2013. Com a ajuda de 81 aeronaves e 286 participantes foram percorridos 463 mil quilómetros a sobrevoar as terras africanas. No total foram contabilizados 352271 elefantes, uma diminuição de 30% quando comparado com o anterior estudo, de 2007.

Este declínio tem aumentado ao longo dos anos e, de acordo com o estudo, actualmente atinge valores de 8% ao ano. Angola, Mocambique e Tanzânia são as áreas mais afectadas pela caça furtiva. As manadas a viver no nordeste da República Democrática do Congo, República dos Camarões e sudoeste da Zambia estão já em perigo de “extinção total”.

“Se não conseguirmos salvar os elefantes, que esperança há para o resto da vida selvagem africana?”, perguntou Mike Chase, responsável pela organização Elefantes sem fronteiras, responsável pelo estudo.

Numa nota positiva, a investigação revela no entanto que o número de elefantes estabilizou tendo até aumentado em algumas zonas, caso do algumas partes do Quénia, Zâmbia, Zimbabwe, Malawi e na reserva Pendjari-Arli-W, que abrange Benim, Nigéria e Burkina Faso.

Foto: Doug88 /Creative Commons 





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