Al Gore



O candidato derrotado à presidência dos Estados Unidos, em 2000, e vice-presidente de Bill Clinton durante oito anos, Al Gore, é considerado um dos principais responsáveis pela (re)colocação do tema das alterações climáticas na agenda mediática, depois do flop das negociações para o Protocolo de Quioto.

Albert Arnold Gore Jr. nasceu em 1948, em Washington, filho de um senador do Tennessee, e é licenciado em Artes pela Universidade de Harvard.

Lutou na Guerra do Vietname, tentou a sua sorte como jornalista mas foi como político que se notabilizou. Um ecologista e defensor dos assuntos ambientais desde bastante jovem, Al Gore foi vice-presidente dos Estados Unidos entre 1993 e 2001, durante a presidência de Bill Clinton.

Em 2000, Gore perdeu para George W. Bush, de forma polémica, a eleição para a presidência dos Estados Unidos – apesar de ter mais 500 mil votos que o seu rival. O desgaste desta derrota, que se prolongou nos tribunais, levou-o a abandonar a política activa e a lançar a sua (agora) mais conhecida faceta: a de activista ambiental.

Em 2006, com o seu filme “Uma verdade inconveniente”, Al Gore venceu o Óscar para melhor documentário e um grammy para melhor álbum falado. O filme – e o livro – é hoje uma referência das escolas para sensibilizar os alunos para a questão do ambiente e das alterações climáticas.

Ainda assim, Al Gore não é consensual. Para a história fica o seu tête-à-tête ideológico com Bjorn Lomborg, o professor da Copenhagen Business School que o criticou no livro “Cool It” (para não nos dividirmos entre um e outro, dedicaremos no futuro, também, um perfil a Lomborg, que ainda recentemente criticou Al Gore no Green Fest, no Centro de Congressos do Estoril).

Apesar de todas as polémicas relacionadas com um alegado exagerado pessimismo de “Uma verdade inconveniente” – ou com os ganhos financeiros de Gore e das suas empresas ao provocar este debate na sociedade –, a verdade é que a figura do norte-americano não pode ser separada do ressurgimento da discussão sobre as alterações climáticas, no início do século XXI.

Em relação às acusações de que “Uma verdade inconveniente” serviu apenas para relançar Gore enquanto importante player na política norte-americana, o ex-vice-presidente respondeu com o seu activismo ecológico, que vem desde os anos 70.

Em 2007, Gore teve o seu momento mais alto desde que encabeçou esta luta global contra as alterações climáticas, quando recebeu, juntamente com o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, o Prémio Nobel da Paz.

Mais recentemente, em 2009, lançou o sucessor de “Uma verdade inconveniente”, a que chamou “A nossa escolha”. Antes, em 1992, tinha lançado “Earth in the balance”.

Veja em baixo a um vídeo de Al Gore durante as TED Talks.





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