Atenção: Área de milho geneticamente modificado aumenta 60% em Portugal



É um tema polémico mas que não podemos deixar de noticiar no Green Savers: em 2011, a área cultivada com milho Bt geneticamente modificado, em Portugal, irá aumentar cerca de 60%, segundo o relatório anual da USDA (United States Department of Agriculture, uma espécie de Ministério da Agricultura norte-americano) sobre a Agrobiotecnologia em território português.

Segundo esta entidade, a área de milho geneticamente modificado – a única cultura transgénica cultivada em Portugal – vai aumentar, este ano, de 4.868 para os 7.843 hectares. Este aumento atingirá, sobretudo, o Alentejo.

Consulte o relatório da USDA sobre Portugal.

Segundo o Centro de Informação de Biotecnologia (CiB), este aumento reflecte “a escolha de muitos agricultores portugueses e a importância da utilização de tecnologias inovadoras para a sustentabilidade da produção agrícola nacional e a competitividade internacional”.

O CiB diz que este aumento se deve “ao aumento generalizado da área de milho no País, ao elevado ataque da praga do milho verificado na campanha anterior – e que pode ser evitado com o cultivo de milho Bt geneticamente modificado para resistir ao ataque desta praga – e ao benefício das regras das medidas agro-ambientais”.

“Nos próximos anos, a agricultura terá de enfrentar as graves consequências das alterações climáticas no ambiente agrícola, que provocarão elevado stress nas culturas. As diferentes variedades de plantas geneticamente modificadas já disponíveis para milhões de agricultores em todo o mundo, as quais os agricultores europeus não têm autorização para cultivar, fazem parte de um conjunto de diferentes tecnologias agrícolas disponíveis para fazer face às dificuldades que o futuro trará”, sublinhou Pedro Fevereiro, Presidente do CiB – Centro de Informação de Biotecnologia, ao Hiper Super.

“A produtividade agrícola tem de aumentar e as culturas GM já comprovaram, ao nível global, as suas capacidades para atingirem o máximo do seu potencial, protegendo as plantas e o ambiente contra pragas, doenças e ervas daninhas, fornecendo em simultâneo produtos seguros e saudáveis para o consumo de pessoas e animais. As vantagens da sua utilização já estão a ser sentidas em todo o mundo há mais de 15 anos. É tempo dos agricultores europeus poderem usufruir delas”, continuou o responsável.

E o caro leitor, o que acha do milho geneticamente modificado? É praga ou inovação?





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