Austrália: 17.000 galgos bebés são mortos por ano pela indústria das corridas



Entre 13.000 a 17.000 galgos recém-nascidos são mortos, todos os anos, na Austrália, de um total de 17.500 que nascem no espaço de 12 meses. Segundo uma investigação da televisão pública daquele país, a ABC, isso quer dizer que entre 74 a 96% de todos os galgos que nascem no país-continente são mortos por excesso de ninhadas.

A investigação tem como pano de fundo o relatório confidencial Greyhounds Australasia, órgão que fiscaliza as corridas de galgos na Austrália e Nova Zelândia, e da RSPCA (Greyhound Racing South Australia), cuja principal responsabilidade é garantir que o desporto é gerido de forma responsável e ética.

De acordo com Stephen Rushton, advogado que compõe a comissão especial deste inquérito, “apenas quatro em cada 100 galgos nascidos por ano vai participar das corridas até no máximo 42 meses de idade”. E completou: “Cerca de 96 dos 100 galgos saudáveis nascidos por ano serão assassinados pela indústria para a qual eles foram criados.”

Na mira do tribunal estão também depoimentos inéditos de práticas cruéis como a utilização de iscos vivos, o que desencadeou o inquérito depois de um relatório do programa ABC Four Corners ter revelado, em Fevereiro, que coelhos, porquinhos e opossuns foram usados como iscos vivos para fazerem os cães correrem.

Segundo o Anda, o treinador Wayne Smith admitiu que atirou um coelho vivo a sete filhotes de galgo de três meses de idade, que tinha em casa. “Treinei os filhotes bem cedo, esperando por um resultado melhor nas corridas”. Noutra ocasião, ele e o seu colega, o instrutor Adam Wallace, arrastaram um coelho vivo para a frente de um galgo através de um braço mecânico, para “educar” o cão.

Foto: Ronnie Macdonald / Creative Commons





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