Continente vai premiar inovação dos produtores portugueses e dos jovens universitários



O Clube de Produtores Continente (CPC) acabou de lançar três prémios que pretendem fomentar a excelência, a inovação e a qualidade no sector agro-alimentar português, naquela que será a primeira vez que os prémios do CPC vão abranger produtos e ideias de produtores nacionais e de jovens universitários, para além dos tradicionais produtores associados ao Clube.

O Prémio Inovação é dirigido a todos os produtores nacionais na área dos frescos (frutas, carnes, charcutaria, peixaria e padaria ou pastelaria) e pretende reconhecer as boas práticas ao nível da inovação e da sustentabilidade do sector. Nesta categoria, explica o CPC, podem concorrer todos os produtos em desenvolvimento ou já desenvolvidos por produtores nacionais em solo português, nos 12 meses anteriores ao dia 30 de Abril, data limite de fecho das candidaturas.

O prémio consiste no escoamento do produto vencedor, durante um ano, nas lojas Continente, num certificado do Prémio Inovação e na atribuição de um selo que traduz o reconhecimento do júri, do qual fazem parte as entidades nacionais mais relevantes do sector.

Destaque ainda para o Prémio Ideias Férteis, dirigido a alunos finalistas ou recém-mestres que frequentem as universidades portuguesas. Esta categoria tem como objectivo fomentar a ligação entre o CPC e as universidades portuguesas, será concedido a três vencedores e compreende a integração num programa de estágio com a duração de nove meses, dividido pela Sonae (seis meses) e por um dos produtores membro do Clube de Produtores Continente (três meses).

Finalmente, o Prémio Excelência vai reconhecer e divulgar os produtores de excelência que fazem parte do Clube de Produtores Continente, contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura de mérito e excelência entre os associados.

Como se podem inscrever?

“O Continente quer ter um papel-chave no desenvolvimento e sustentabilidade da produção Nacional. Com estes prémios vamos fomentar o conhecimento, a inovação e a criação de valor no mercado”, afirmou na apresentação dos prémios, na semana passada, Eunice Silva, administradora da Sonae MC. “O apoio à produção nacional é fundamental para conseguirmos ter nas nossas lojas frescos de elevada qualidade e a preços competitivos para os nossos clientes” concluiu.

O júri dos prémios será presidido pelo Continente e terá como membros as entidades como a APED (Associação Portuguesa de Empresas e Distribuição), APN (Associação Portuguesa dos Nutricionistas), CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), CPC (Clube de Produtores Continente), DECO (Associação Portuguesa do Consumidor), FIPA (Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares), IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, a Portugal Fresh, a Portugal Foods e a Quercus.

Para concorrer, os interessados devem enviar as suas candidaturas para o endereço clubedeprodutores@sonaemc.com até ao dia 30 de Abril. Os vencedores serão divulgados no Encontro Anual do Clube de Produtores Continente, a realizar na Feira Nacional da Agricultura, no mês de Junho, em Santarém.

Todas as informações sobre os novos Prémios Clube de Produtores Continente podem ser consultadas aqui.

Desde 1998 que o Continente tem uma estrutura dedicada a apoiar os produtores nacionais. Hoje, o CPC reúne 234 membros, que representam mais de 4.000 produtores individuais e gera indirectamente mais de 12.000 postos de trabalho, distribuídos de Norte a Sul do país, Açores e Madeira.

“Fomos pioneiros, inovadores e assumimos com gosto e responsabilidade o papel que desempenhámos e que queremos continuar a desempenhar na mudança do panorama e dos paradigmas da agricultura e da agro-indústria em Portugal”, explicou  Eunice Silva na cooperativa Frutalvor, nas Caldas da Rainha, um dos membros fundadores do CPC e que reúne 25 produtores e 10 produtos da região.

Ao longo destes 18 anos de actividades, as compras do Continente aos produtores nacionais ultrapassam já os 2 milhões de toneladas e os €3.000 milhões. “São produtos portugueses, cujos produtores, membros do CPC, não abrem mão de critérios, requisitos, partilha de experiências e desenvolvimento de parcerias que permitem assegurar qualidade e segurança alimentar ao longo de toda a cadeia de valor”, revelou Eunice Silva.

Foto: Holly Victoria Norval / Creative Commons





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