Florestas britânicas sob “ameça sem precedentes” de pestes e doenças



A florestas do Reino Unido estão debaixo de uma “ameaça sem precedentes” das pestes e doenças estrangeiras, de acordo com o departamento governamental responsável pela protecção das florestas e bosques do País.

Na semana passada, a descoberta do fungo Chalara Fraxinea em East Anglia confirmou este risco para a floresta britânica, que já viu morrer três milhões de árvores nos últimos três anos.

“Estamos sob um nível sem precedentes de ameaças de várias pestes e doenças exóticas, muitas associadas ao comércio internacional de plantas vivas. Há algumas protecções para isto, mas o regime de plantas saudáveis da União Europeia já não está disponível para este propósito. Há demasiadas peste e doenças a passar”, explicou a Forestry Comission britânica.

Desde Março, mais de 100 mil freixos já foram destruídos para evitar que o fungo se espalhe. Paralelamente, várias coníferas foram também cortadas na área oeste inglesa, no País de Gales e Escócia, de forma a prevenir uma doença denominada Phytophthora.

“Temos agora seis a oito organismos nas ilhas britânicas que são uma preocupação real. Nos anos 60 e 70 era a doença holandesa dos ulmeiros, que matou 30 milhões de árvores; nos anos 90 tivemos uma nova Phytophthora, que devastou amieiros. Mas nos últimos dez anos tivemos mais doenças que nos últimos 40 ou 50 anos”, explicou Joan Webber, patologista da Forest Research, o braço de pesquisa da Forestry Commission.

Os especialistas em plantas estão particularmente preocupados com a traça dos carvalhos, que chegou a Londres em 2009 e que já se desenvolveu em duas grandes populações. “Tem o potencial para se espalhar para todo o lado onde haja carvalhos. Está a estender o seu alcance e tornou-se estável na Bélgica e Holanda, possivelmente devido às alterações climáticas e Invernos mais quentes”, concluiu a comissão florestal.





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