Inglaterra: carvalho da Floresta de Sherwood é a árvore do ano
A sua envergadura e porte majestoso poderão muito bem ter escondido, de acordo com a lenda, Robin Hood do Sheriff de Nottingham. A envergadura e porte valeram-lhe este ano o título de árvore do ano de Inglaterra. O exemplar trata-se de um velho carvalho com cerca de 1.000 anos na Floresta de Sherwood, em Nottinghamshire.
Estima-se que o carvalho tenha entre 800 a 1.000 anos e é um dos 997 exemplares seculares que existem na Floresta de Sherwood. O carvalho, que é conhecido por Major Oak, pesa 23 toneladas, tem um tronco com um diâmetro de dez metros e uma copa que se espalha por um raio de 28 metros, o faz com que todas as árvores em seu redor estejam vergadas pelo peso dos seus ramos. Em 2012, teve as honras de receber a Chama Olímpica, aquando dos Jogos de Londres, escreve o Guardian.
O segredo para a longevidade do carvalho está na sorte de ter crescido sozinho, sem ter de partilhar o espaço ou os nutrientes do solo com outras árvores. Nas décadas recentes, a maior ameaça tem sido bondade e gentileza das pessoas.
Em 1904, foram colocadas correntes de metal nos seus ramos para suportarem o peso, mas a árvore já cresceu em seu redor. Recentemente, partes que estavam ocas e ameaçavam a estrutura da árvore foram preenchidas com cimento, depois com chumbo e agora com fibra de vidro. Mas a actual equipa que zela pela sua vida resolveu deixá-lo seguir agora o seu curso natural com pouca intervenção humana.
Aos milhares de admiradores do espécimen é apenas permitido abraçar a árvore uma vez por ano, durante um evento para a apanha de bolota. Foi necessário implementar a medida e cercar a árvore porque a compactação do solo acima das raízes, provocadas pelos milhares de pés das pessoas que a visitavam, estava a matá-la.
O título de árvore de Inglaterra foi-lhe atribuído através de votação pública, num concurso organizado pela Woodland Trust. O carvalho milenar vai agora competir com outras árvores de outros países pelo título de árvore europeia do ano em Fevereiro de 2015.
Foto: Zbysiu / Creative Commons