Nova direção da Portugal Fresh quer interprofissional para setor das frutas, legumes e flores



A criação de uma organização interprofissional para o setor das frutas, legumes e flores é o “grande objetivo” da nova direção da associação Portugal Fresh, cuja nova direção eleita para o triénio 2024-2026 mantém Gonçalo Santos Andrade como presidente.

Em comunicado, a Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores aponta que a criação de uma organização interprofissional para o setor deve reunir os agentes da produção, da transformação e da comercialização.

Paralelamente, em conjunto com o Centro Operacional e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) e a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP), a nova direção pretende “rever e colocar em prática a estratégia para a fileira hortofrutícola”.

Segundo avança, algumas das metas definidas são “atingir a média europeia da produção organizada em 2030, aumentar as exportações para 2.500 milhões de euros até 2030, manter a tendência de aumento do consumo de frutas e hortícolas nacionais e atingir o equilíbrio da balança comercial em frutas e hortícolas em 2030”.

No seu manifesto eleitoral, a nova direção aponta como estratégia para o este mandato “conseguir maximizar o retorno à produção, valorizando a diferenciação e qualidade dos produtos” portugueses, e define ainda como meta “promover o consumo no mercado interno, mas sem esquecer a importância de abrir mercados em geografias estratégicas”.

Segundo os dados avançados pela Portugal Fresh, o valor das exportações do setor continuou a crescer este ano, registando, entre janeiro e outubro, um aumento de 11,2%, apesar do decréscimo de 5,2% em quantidade.

“O valor por quilo aumentou 17,3% e a direção da Portugal Fresh prevê que as exportações alcancem os 2.200 milhões de euros em 2023”, destaca, prevendo um aumento dos atuais 8.000 milhões de consumidores para 8.500 milhões em 2030 e defendendo que “há que produzir mais e depender menos de importações”.

Assim, entre as áreas estratégicas definidas pela nova direção eleita estão as ações de promoção internacional e “o reforço da ligação estreita” à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e embaixadas.

A diversificação para países como a China, a Índia e a Indonésia será outra das prioridades, com a Portugal Fresh a garantir que “fará pressão junto do Governo para a abertura de mais mercados”.

No comunicado hoje divulgado, a direção da Portugal Fresh refere que irá solicitar reuniões com os líderes dos partidos políticos que poderão formar Governo em 2024, prevendo reunir-se, no início do ano, com os principais partidos “para partilhar os desafios do setor e a importância de um Ministério da Agricultura competente, com peso político e que execute programas e projetos para o desenvolvimento do setor agroalimentar”.

Segundo avança, “uma área fundamental a abordar nesses encontros é a dos recursos hídricos”, reafirmando a Portugal Fresh a urgência de obras de modernização de vários perímetros de rega, a criação de via verdes para construção de charcas e reservatórios de água, a construção de barragens de diversas dimensões e para múltiplos fins e novas fontes de água em algumas geografias em que não haja outra alternativa.

Mantendo Gonçalo Santos Andrade como presidente, a nova direção integra ainda João Manuel Alves, da Lusopera, Luís Mesquita Dias, da Summer Berry, Tiago Malhou da Costa, da Nogam, Vítor Araújo, da Kiwigreensu, como vice-presidentes, e Carlos Marques, da Hortapronta, Frederico Pinheiro Chagas, da Viplant, e Pedro Madeira, da Frusoal, como suplentes.

Já a mesa da assembleia-geral é presidida por Domingos dos Santos, da Frutoeste, enquanto Gilberto Franco, da Extrafrutas, assume a vice-presidência. Hélio Ferreira, da Granfer, é vogal e Sofia Horgan, da Beira Baga, suplente.

No Conselho Fiscal estão Aristides Sécio, da Coopval (presidente), Rodrigo Vinagre, da Torriba (vogal), Gonçalo Pereira, da VGT Portugal (vogal) e Garry Mercer, da Sudoberry (suplente).

Criada em dezembro de 2010, a Portugal Fresh tem 112 sócios que representam mais de 4.500 produtores portugueses, tendo como missão valorizar a origem “Portugal” e as características dos produtos nacionais e promover as frutas, legumes e flores nos mercados interno e externo.





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