Nova Zelândia recebe os primeiros refugiados mundiais vítimas das alterações climáticas



O cenário outrora abstracto de pessoas a fugirem dos seus países, que foram dizimados pelas alterações climáticas, é agora uma realidade. A Nova Zelândia aceitou recentemente o pedido de refúgio de uma família de Tuvalu, onde as alterações climáticas, que provocam o aumento do nível da água do mar, estão a afundar a ilha.

No passado, a Nova Zelândia havia rejeitado pedidos semelhantes, mas desta vez resolveu acolher os refugiados.

Actualmente, as alterações climáticas e o aumento do nível do mar são oficialmente reconhecidas como causas legítimas pela Convenção Internacional dos Refugiados para requerer refúgio num outro país. E o pedido desta família foi avaliado também à luz de outros argumentos. Segundo escreve o Inhabitat, a família vivia no país desde 2007 e tinha já laços fortes com a comunidade local.

“Esta decisão é bastante significante”, afirmou o perito em direito ambiental, Vernon Rive. “Contudo, esta aceitação não representa um passaporte de abertura para todas as pessoas que estão a sofrer as consequências das mudanças climáticas. Trata-se de um teste muito restrito baseado em circunstâncias excepcionais de natureza humana”, sublinha o perito.

A Nova Zelândia é um dos poucos países que aceita refugiados com base em argumentos humanitários excepcionais – o que foi claramente reconhecido como sendo o caso da ilha de Tuvalu que está a ser submersa.





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