O que é mais valioso: um elefante vivo ou os seus dentes de marfim?



O que vale mais: um elefante com vida ou os dentes de marfim de um elefante abatido? Um novo relatório vem desvendar um facto ignorado ou desconhecido por muitos caçadores furtivos. Na verdade, os elefantes são mais valiosos com vida do que mortos, 76 vezes mais valiosos.

O relatório, intitulado “Vivo ou morto: valorizar um elefante”, foi elaborado pela iworry, uma campanha anti caça-furtiva lançada pela organização conservacionista David Sheldrick Wildlife Trust.

Os cálculos feitos pela organização revelam que um elefante contribui com €1.272.000 para as agências de viagens, companhias aéreas e economia local, graças aos turistas que pagam para vislumbrar estes magníficos animais. Contrariamente, um elefante morto – do qual só interessam as suas presas de marfim – valem apenas €16.622, dinheiro que normalmente serve grupos criminosos, governantes corruptos e grupos terroristas.

“Proteger os elefantes africanos faz todo o sentido em termos monetários e a longo-prazo os elefantes valem mais vivos, a vaguear pelas savanas e florestas, do que as suas presas”, indica Rob Bradford, director da campanha iworry, cita o Dodo. “É um argumento muito forte para convencer os decisores políticos”, acrescenta.

Actualmente existem cerca de 300.000 elefantes que vivem livremente em África – um número que tem vindo a diminuir drasticamente devido à caça furtiva. Os mercados ilegais da China e de Hong Kong são os principais destinos do marfim, embora várias cidades norte-americanas, como Nova Iorque e São Francisco, e cidades europeias também contribuam para a prosperidade da caça ilegal.

Ao passo que os caçadores procuram o marfim para o comércio internacional, os safaris e reservas naturais retiram lucros e benefícios dos elefantes vivos. A David Sheldrick Wildlife Trust defende que os governos de países com elefantes devem enfatizar o turismo responsável associados aos elefantes.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...