PMEs portuguesas lideram eficiência energética na União Europeia



As pequenas e médias empresas (PME) portuguesas são as que mais tomam medidas para poupar energia, de acordo com o Eurobarómetro que avalia a sustentabilidade nestas companhias. Segundo o documento, 88% das PMEs portuguesas estão a tomar medidas de eficiência energética – a percentagem mais alta de toda a Europa, à frente de Espanha (87%) e Reino Unido (83%).

As PMEs portuguesas também estão bem posicionadas em items como redução de lixo (65%), reciclagem (80%), poupança de recurso e materiais (83%), poupança de água (79%) e venda, a outra empresa, de material que já não lhe interessa (33%).

Portugal lidera também a lista de PME que pretende começar a disponibilizar produtos ou serviços verdes nos próximos dois anos (19%), à frente de países como Grécia e Roménia (18%) e Chipre (17%).

Consulte o Eurobarómetro sobre a sustentabilidade e empregos verdes nas PME da União Europeia.

Finalmente, e em relação aos empregos verde, Portugal encontra-se em décimo lugar, com 38% dos colaboradores de PMEs a realizarem trabalhos, full ou part time, relacionados com o desenvolvimento sustentável.

Curiosamente, os países mediterrânicos – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – conseguem resultados muito positivos neste estudo, sobretudo as PMEs espanholas, que são as que mais respeitam o ambiente e, graças às suas medidas ligadas à sustentabilidade, aproveitam melhor os recursos e empregam mais pessoas.

O comissário europeu de Indústria e Empreendedorismo, António Tajani, reconheceu mesmo a pujança dos países mediterrânicos – Itália, Espanha e Grécia (curiosamente, não mencionou Portugal) –, no investimento em ter PMEs mais verdes e realçou os esforços destas empresas na Europa, ainda que acrescentou haver muito a fazer.

“É cada vez mais necessário tentar seguir a via que nos leva à terceira revolução industrial. Se queremos ser competitivos na globalização, temos que inovar e a inovação significa economia verde”, declarou Tajani em conferência de imprensa.

A comissão considera ainda que são necessárias medidas políticas que impulsionem este “motor de crescimento verde”, como incentivos financeiros e fiscais ou a diminuição das amarras administrativas para fomentar o investimento.

Finalmente, Tajani disse ainda que nas próximas perspectivas financeiras comunitárias – investimentos de 2014 a 2020 – deverá incluir-se uma “intervenção” para apoiar este tipo de iniciativas verdes da União Europeia.





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