Ponto mais sul de Portugal Continental é um reduto de sustentabilidade (com VÍDEO)



É o ponto mais a sul de Portugal Continental e um verdadeiro bastião de ecologia, mesmo com infra-estruturas turísticas que continua a trazer pessoas todos os anos. O restaurante pertence a José Vargas, que há 22 anos transporta turistas de Faro até à Ilha Deserta. “Comecei por trazer turistas para conhecer a beleza do parque, as aves e caranguejos, tudo o que tinha vivido na minha juventude”, explicou o director-geral da Animaris ao Economia Verde.

A Animaris cresceu e começaram também a aumentar as preocupações ecológicas, até porque o local de trabalho, a Ria Formosa, não lhe dava outra alternativa. Uma das ideias foi criar um restaurante e bar em plena Deserta, o Estaminé.

O restaurante está colocado sobre estacas, para permitir que as sementes e biodiversidade não sejam afectadas pela construção. O grande desafio foi levar as infra-estruturas sanitárias e electricidade à Deserta, ilha que conta com apenas um habitante.

“Não há nenhuma infra-estrutura pública. Não há luz eléctrica, rede de esgotos ou água de rede. Somos nós que temos de fazer isto tudo”, explicou José Vargas.

Para ter electricidade, o Estaminé apostou em 40 painéis solares, o que lhe permite ser auto-suficiente – até – de Inverno. “Hoje é comum vermos painéis solares, mas em 1991 só eu e uns quantos “malucos” alemães da Costa Vicentina [os tínhamos]”, gracejou o empresário.

Os pratos servidos no Estaminé são locais, e os turistas até têm a possibilidade de falar com os pescadores e perceberem mais sobre a biodiversidade da Ria Formosa.

Veja o episódio 97 do Economia Verde.

 





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