Quénia vai colocar microchips em rinocerontes para reduzir a caça furtiva



Os rinocerontes do Quénia estão prestes a receber um acessório de alta tecnologia. Como parte de um esforço contínuo pela redução da caça furtiva, as autoridades do país planeiam equipar todos os rinocerontes com um microchip que lhes permita monitorizar os animais.

Segundo um anúncio feito por elementos do governo, este acredita que a nova aposta tecnológica permitirá uma maior fiscalização da acção dos caçadores. “Os caçadores estão a tornar-se mais sofisticados na sua abordagem”, afirmou Paul Udoto, porta-voz do Kenya Wildlife Service. “Por isso, é vital que os esforços de conservação também acompanhem e adoptem o uso da tecnologia mais sofisticada para combater a matança de animais selvagens.”

Ao incorporar um microchip minúsculo nos chifres dos rinocerontes, o Kenya Wildlife Service será não só capaz de localizar e recuperar chifres retirados aos animais, como também ligar essas provas a caçadores suspeitos em tribunal.

Segundo o Huffington Post, a organização internacional de conservação World Wildlife Fund já se ofereceu para fornecer mais de 1.000 microchips e cinco scanners para ajudar o Quénia a implementar o sistema de monitorização.

Nos últimos anos, vários países africanos têm registado um aumento drástico da caça ilegal de rinocerontes. Na África do Sul, por exemplo, já cerca de 700 animais foram sacrificados este ano até agora, segundo dados do governo.

Como a caça ilegal se está a tornar cada vez mais dominante, as autoridades têm aumentado as punições para os criminosos e desenvolvido formas mais criativas de combate à prática – como a injecção de veneno tóxico para humanos nos chifres dos animais.

Recentemente, o ministro dos recursos naturais e turismo da Tanzânia sugeriu mesmo que os caçadores sejam atingidos a tiro no local do crime.

Foto: Sob licença Creative Commons





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