Quercus preocupada com extinção da Fundação para a Protecção das Salinas do Samouco



A Organização Não-Governamental (ONG) de Ambiente Quercus mostrou-se hoje “apreensiva” pelo anúncio de extinção da Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco, cujas funções passarão a ser geridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

“Trata-se de uma decisão que nos parece despropositada, dado que esta Fundação subsiste adequadamente com uma dotação financeira paga pela Lusoponte – empresa concessionária da travessia do Tejo – até Janeiro de 2030, com origem nas receitas de portagem da empresa”, explica a ONGA.

O complexo das salinas do Samouco é um local de grande importância para a avifauna e encontra-se inserido na Zona de Protecção Especial para a conservação das aves selvagens do Estuário do Tejo.

A fundação é uma instituição de direito privado e de utilidade pública, que tem o direito de usufruto por 30 anos, concedido pelo Estado, sobre os imóveis expropriados no complexo das salinas do Samouco.

A fundação das salinas do Samouco foi criada pelo Estado português como contrapartida pelo financiamento comunitário à construção da Ponte Vasco da Gama.

“Também não se percebe como é que o ICNF, uma entidade que já hoje revela grandes dificuldades na gestão das áreas classificadas – face às restrições orçamentais, à insuficiência de recursos humanos e aos constrangimentos burocráticos – pode agora vir a assumir de forma eficaz a multiplicidade de tarefas e a dinamização das actividades que constituem o dia-a-dia nas salinas do Samouco”, continua a ONGA.





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