Sanitas que separam urina das fezes não são tão eficazes quanto se pensava



Nos países nórdicos, com especial enfoque na Suécia, têm sido produzidas e implementadas sanitas que permitem a separação da urina dos dejectos sólidos.

O modelo de sanita em questão chama-se NoMix e a sua produção em larga escala iniciou-se há alguns anos. Um estudo de satisfação posterior revelou que cerca de 80% dos utilizadores estavam satisfeitos com o novo modelo, entre 75% a 85% estavam satisfeitos com o design, higiene, cheiro e conforto do assento conferido pelas sanitas NoMix.

Contudo, estes níveis de satisfação podem não ser inteiramente verdadeiros. Tove Larsen, um engenheiro químico que tem estado a estudar a implementação das sanitas NoMix em apartamentos, escolas e bibliotecas, indica que embora o inquérito aponte para a satisfação da maioria dos consumidores, “quanto mais as sanitas são utilizadas, mais críticos são os utilizadores em relação à tecnologia”, que segundo a opinião deste engenheiro ainda não está completamente aperfeiçoada.

No seu estudo, Larsen denota vários problemas aparentes da nova tecnologia. Os homens têm de se sentar para que o sistema funcione ou teria de haver urinóis separados. Os resíduos da urina podem acumular-se nas canalizações, que necessitam de ser limpas regularmente para não entupirem. E nas casas de banho públicas o sistema raramente é utilizado da forma correcta. Neste último caso, as mulheres são relutantes em sentarem-se devido a questões de higiene.

Outros utilizadores consideram difícil a posição que se tem de adoptar para que os dejectos possam ser separados. Já as crianças têm dificuldades em acertar no compartimento certo, o que requer uma maior limpeza das sanitas, escreve o Tree Hugger.

Devido a todos estes problemas, a empresa que estava a fabricar estas sanitas parou a sua produção, o que pode condenar a tecnologia.

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