São Paulo é a cidade brasileira com pior mobilidade urbana sustentável



Cuiabá e São Paulo são as cidades com pior qualidade de transporte no Brasil, segundo um estudo do portal Mobilize Brasil. Rio de Janeiro, por sua vez, é a metrópole apontada como a melhor em termos de mobilidade urbana sustentável.

Os critérios de avaliação passaram por analisar o número de mortos em consequência de acidentes de viação, a extensão das ciclovias e a percentagem de autocarros com acesso adaptador para pessoas com deficiência. Entre outros itens, foi ainda contabilizada a relação entre o salário médio da população e o preço dos bilhetes, além do número de viagens realizadas em transportes individuais e públicos.

Numa escala de 0 a 10, São Paulo conseguiu apenas 3,3 pontos, devido, sobretudo, ao excesso de automóveis no espaço urbano. Com 11 milhões de habitantes e mais de sete milhões de veículos, não é difícil adivinhar um trânsito caótico, que paralisa todas as tardes. Congestionamentos entre 100 a 150 quilómetros já se tornaram comuns para os paulistas.

Já o Rio de Janeiro obteve 7,9 pontos precisamente pelo contrário: apresenta a maior taxa de utilização dos transportes públicos. A cidade ícone tem um dos planos mais ambiciosos do país para recuperar a mobilidade, apesar de estar entre as montanhas e o mar e sofrer também com grandes engarrafamentos, que roubam até cinco horas diárias aos seus mais de seis milhões de moradores.

A capital brasileira, Brasília, encontra-se em terceiro lugar, como a que tem maior mobilidade sustentável, com 5,1 pontos, seguida de Belo Horizonte e Salvador. Natal, um conhecido destino turístico, e Porto Alegre são as metrópoles que se encontram no fundo da tabela, antes de Cuiabá e São Paulo, com 3,8 e 3,5 pontos respectivamente.

A pesquisa foi realizada pela equipa de jornalistas do Mobilize Brasil a partir de informações disponibilizadas por órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes.





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