Sintra volta a reduzir a água não faturada com o valor mais baixo de sempre



Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) registaram 17,7% de água não faturada em 2022, “refletindo as boas práticas e a continuidade das ações desenvolvidas na melhoria do sistema de abastecimento de água”, revelaram em comunicado.

Segundo a mesma fonte, abaixo dos 20% pelo quarto ano consecutivo, com uma poupança de água de 240 mil m3 de 2022 para 2021, os SMAS de Sintra “conseguem, pela primeira vez, um valor inferior a 18%, numa trajetória de redução que se verifica desde 2014”. Nessa ocasião, os SMAS de Sintra registavam 30,9% de água não faturada. Com 17,7% em 2022, os SMAS de Sintra “dão mais um passo no sentido de alcançarem o objetivo já delineado de, no final de 2025, atingirem os 15%”.

“Os SMAS de Sintra continuam no bom caminho da poupança de água e, para alcançarem o objetivo ambicioso de 15% em 2025, vão prosseguir com as intervenções de melhoria do sistema de abastecimento de água, com um investimento estimado, até 2027, na ordem dos 30 milhões de euros”, salienta o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, que preside também ao Conselho de Administração dos SMAS de Sintra.

À semelhança do que sucedeu nos últimos anos, a aposta assenta na renovação das infraestruturas de abastecimento de água mais antigas, com maior índice de roturas, designadamente em fibrocimento. Em curso, estão diversas empreitadas como em Mem Martins (1 milhão e 523 mil euros); em Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela, na Terrugem (1 milhão e 600 mil euros); e em Palmeiros e Alto das Falimas (1 milhão e 100 mil euros), para além de intervenções na área envolvente do antigo mercado de Fanares, em Mem Martins, e na Avenida D. Nuno Álvares Pereira, em Agualva.

“Ainda com vista à redução das perdas de águas, os SMAS de Sintra vão prosseguir a sua estratégia de reforço de deteção e localização de fugas, remodelação de condutas e ramais, requalificação e impermeabilização de reservatórios, para além de outras intervenções no domínio da deteção e eliminação de consumos ilícitos”, acentua, por seu turno, o diretor delegado dos SMAS de Sintra, Carlos Vieira.

Para além da aposta na redução da água não faturada, os SMAS de Sintra pretendem reforçar, ao longo de 2023, a reutilização de água residual tratada para fins múltiplos, como a lavagem e higienização de contentores de recolha de resíduos, varrição urbana e lavagem de arruamentos, limpeza e desobstrução de coletores e limpeza de mecanismos de ETAR, para além da desidratação mecânica de lamas. No âmbito da requalificação da ETAR da Cavaleira, cuja obra irá arrancar este ano, será reforçada mesmo a reutilização da água residual tratada para a rega de espaços verdes do Parque Urbano da Cavaleira e o Hospital de Proximidade de Sintra.

Criados em maio de 1946, os SMAS de Sintra são a maior entidade municipal gestora ao nível do abastecimento de água, com cerca de 195 mil clientes, servindo uma população de mais de 385 mil habitantes, distribuídos por uma área de 320 km². São responsáveis ainda pela gestão dos sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos a destino final adequado.

 





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