Traficante de marfim responsável pela morte de 10 mil elefantes preso no Togo



Um traficante de marfim, cuja acção os activistas dizem ter levado ao abate de mais de 10 mil elefantes desde a década de 1970, foi preso no Togo. O anúncio foi feito pelo ministro do ambiente do país.

O traficante, Emile N’Bouke, foi encontrado na posse de 700 Kg de marfim na sua loja em Lomé, a capital do Togo. Esta foi a primeira detenção do género no pequeno país do oeste africano que emergiu nos últimos anos como um forte ponto de trânsito de marfim com destino à Ásia e outros mercados.

N’Bouke, de 58 anos, era conhecido localmente como The Boss, devido à sua antiguidade no comércio de marfim no país – que foi proibido mundialmente em 1989.

Após a detenção, o homem disse aos jornalistas que tem vindo a negociar marfim desde 1983, conseguindo mesmo obter e renovar uma “autorização especial”, apesar da proibição. Já Dede Ekoue, ministro do ambiente, disse que as declarações são falsas e prometeu que o Togo irá a partir de agora lidar com o comércio de marfim de forma mais agressiva.

Segundo Ofir Drori, fundador da Last Great Ape Organization, N’Bouke – à semelhança de muitos outros traficantes de larga escala – não era apenas um comprador; ele estava também envolvido no financiamento de actividades de caça furtiva de elefantes por toda a África Central.

As actividades de N’Bouke terão provavelmente levado à morte de “dezenas de milhares” de elefantes, afirmou ele. Drori revelou ainda que as suspeitas indicam que N’Bouke tinha clientes nos Estados Unidos, algo que será investigado agora que o homem está atrás das grades.

Sob a lei actual, N’Bouke enfrenta apenas uma pena máxima de um ano de prisão pelo seu envolvimento no tráfico de marfim. Mas Drori garante que vai pressionar as autoridades a processarem o homem por outros crimes, como lavagem de dinheiro – que pode conduzir a uma sentença mais longa.

Togo é o lar do único porto natural de águas profundas da África Ocidental e o alto volume de transporte aí registado facilita o câmbio de mercadorias ilícitas, como o marfim, explica o Huffington Post.

Em Julho, mais de duas toneladas de marfim escondido num contentor foram apreendidas em Hong Kong. Em Dezembro passado, cerca de 24 toneladas enviadas do Togo também foram confiscadas na Malásia.

Foto: Sob licença Creative Commons





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