Verdes e S&D reclamam mais ação climática e ideias reformistas da Comissão Europeia
Os Verdes no Parlamento Europeu (PE) querem da presidente da Comissão Europeia mais ações para proteger as pessoas das alterações climáticas, enquanto os Sociais & Democratas (S&D) querem “claros compromissos” reformistas no debate do Estado da União.
Em comunicado, o grupo político dos Verdes considerou que “depois de cheias, incêndios e alterações climáticas” que estão a dificultar a vida da população em vários países da União Europeia (UE) e, em algumas circunstâncias, acabaram por destruí-las, o seu apelo à líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, que profere na próxima quarta-feira o discurso sobre o Estado da União, no PE em Estrasburgo, é essencial.
“É essencial que a Comissão trabalhe para proteger as pessoas, o clima e a natureza contra os efeitos drásticos do aquecimento global. A Comissão tem de continuar no caminho do Pacto Verde e fazer da ação climática o coração de todo o seu trabalho no próximo ano, em particular face a ataques da direita e da extrema-direita”, acrescentaram.
Os Verdes apoiam o trabalho da UE no apoio à Ucrânia, um ano e meio depois do início da invasão russa em larga escala que resultou na ocupação de uma grande porção do território ucraniano.
Já o S&D referiu, também em comunicado, que aguarda por “um compromisso claro” de Ursula von der Leyen com os desígnios reformistas da UE que estão pendentes e que poderão ficar pelo caminho até ao final do mandato da antiga ministra da Defesa da Alemanha.
“A UE tem de acabar a legislação para a transição ‘verde’ (…), mas também fortalecer os pilares sociais para ajudar os cidadãos a enfrentarem o aumento do custo de vida; assegurar a igualdade de género; colocar em marcha a capacidade orçamental permanente da UE”, completou o presidente do S&D, Iratxe García Pérez.
Por sua vez, os Reformistas e Conservadores Europeus consideraram, em comunicado, que os valores europeus e a liberdade “estão sob ataque” a nível militar e político-económico e, por isso, querem ouvir da presidente da Comissão “mais ações” para coartar as movimentações russas e impedi-la de encontrar financiamento para continuar a guerra na Ucrânia.
Em oposição à posição dos Verdes, os reformistas insurgiram-se contra uma “abordagem dogmática” do Pacto Verde que tenha implicações na competitividade da UE.