Banco Europeu de Investimento e AllianzGI lançam fundo de ação climática para países em desenvolvimento
O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Allianz Global Investors (AllianzGI) lançaram hoje o Emerging Market Climate Action Fund (EMCAF), um fundo de ação climática aplicado em em mercados emergentes e países em desenvolvimento. A iniciativa surge numa parceria público-privada, com os governos da Alemanha e do Luxemburgo, o Fundo Nórdico de Desenvolvimento, a Allianz, a Folksam e o BEI como investidores principais.
Com uma dimensão-objetivo de 500 milhões de euros, este fundo alternativo aspira a converter-se numa iniciativa europeia emblemática de investimento de impacto, capaz de mover montantes substanciais de capital privado para pôr em marcha projetos de ação climática em África, Ásia, América Latina e Próximo Oriente, com foco na mitigação e na adaptação ao clima e no acesso à eletricidade.
“A pandemia COVID-19 revelou algumas desigualdades profundas. Nos países em desenvolvimento, acredita-se que a pandemia tenha ampliado o deficit de financiamento existente necessário para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. Muitos investidores estão cada vez mais conscientes do papel que o seu capital pode e deve desempenhar para abordar estes desequilíbrios. O investimento de impacto pode ajudar a combinar os dois objetivos de “fazer o bem” e “obter um rendimento” num único investimento”, afirma Tobias Pross, CEO da AllianzGI.
O EMCAF investe em fundos de investimento especializados, que podem apoiar projetos como parques eólicos onshore e fábricas solares fotovoltaicas, ou pequenas e médias fábricas hidroelétricas. Pode ainda abranger projetos de eficiência energética em habitações ou na indústria, ou projetos que tragam benefícios ambientais ou de eficiência de recursos. Para ajudar os países emergentes e em desenvolvimento a adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas, o fundo pode também financiar projetos que apoiem as cidades e os seus sistemas de transporte público, para se tornarem mais resilientes às inundações e ao calor.
Para Ambroise Fayolle, Vice-Presidente do BEI, “O apoio a projetos climáticos em países emergentes e em desenvolvimento é a chave para cumprir os objetivos climáticos de Paris e impulsionar a atividade económica no terreno. Enquanto banco climático da União Europeia, temos uma longa experiência com instrumentos financeiros inovadores que mobilizam o capital privado em grande escala. Estou muito satisfeito por anunciarmos este novo marco com o Grupo Allianz. Isto envia um sinal importante à conferência COP26 sobre o poder das parcerias público-privadas para preencher as lacunas do financiamento climático”.