Quase 10 anos depois, o Delta do Níger contínua poluído devido às empresas petrolíferas



A Shell começou a produção de petróleo no Delta do Níger em 1958. Em 2011, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) reconheceu o impacto da indústria petrolífera em Ogoniland, na Nigéria, e criou medidas de limpeza e de apoio às comunidades. A população ficou afetada pela contaminação em larga escala da água e do solo nas suas comunidades, prejudicando a saúde, o acesso a água potável e os seus meios de subsistência como a agricultura e a pesca.

Um nova investigação que une as Organizações Amnesty International, Environmental Rights Action/Friends of the Earth Nigeria, Friends of the Earth Europe, e Milieudefensie, refere que quase dez anos depois, o Delta do Níger contínua poluído devido às empresas petrolíferas. Apenas 11% dos locais foram abrangidos pelas medidas de limpeza, e 5 das 16 empresas contratadas têm competência para a realizar a descontaminação.

As ONG defendem que nem as medidas de emergência do PNUA, nem os projetos de limpeza do governo da Nigéria previstos ao longo dos anos, como o HYPREP, foram eficazes.

Osai Ojigho, da Amnistia Internacional da Nigéria, explica “A descoberta de petróleo em Ogoniland trouxe um enorme sofrimento para o seu povo. Durante muitos anos, documentámos como a Shell não conseguiu limpar a contaminação provocada por derrames e é um escândalo que isso ainda não tenha acontecido. A poluição está a causar graves impactos nos direitos humanos.”

Segundo a Amnistia Internacional, a Shell enfrenta este ano vários processos em torno dos danos ambientais e da violação dos direitos humanos na Nigéria.





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