Descobertas quatro novas espécies de líquen no Quénia



Os líquenes são seres vivos formados por uma associação de um fungo e de um organismo fotossintético – uma alga ou uma cianobactéria -, e costumam ser avistados em rochas, solos, folhas e troncos de árvore. De acordo com a National Geographic, existem cerca de 18 mil espécies conhecidas no mundo.

Uma recente investigação da Universidade de Helsínquia, em parceria com a National Museums of Kenya, levou à descoberta de quatro novas espécies de líquen nas florestas tropicais de Taita Hills, no Quénia.

As espécies Micarea pumila , Micarea stellaris , Micarea taitensis e Micarea versicolor foram descritas com base na sua morfologia e no ADN. Estas encontram-se nas cascas das árvores e têm diferentes características, mas os seus pigmentos variam entre branco, creme, castanho e cinzento.

“As espécies que pertencem ao género Micarea são conhecidas em todo o mundo, inclusive na Finlândia. No entanto, as espécies Micarea recentemente descobertas de Taita Hills não foram vistas em mais nenhum lugar. Elas nem sequer são conhecidas nas ilhas de Madagáscar ou Reunião que estão relativamente perto, onde as espécies do género já foram estudadas”, afirma Annina Kantelinen, autora do estudo.

“As florestas nubladas de Taita Hills são um ecossistema bastante isolado, e pelo menos algumas das espécies agora descobertas podem ser nativas desta área ou da África oriental”, acrescenta.

Com base nos dados obtidos durante a investigação os autores acreditam que para além destas, existam mais espécies do género Micarea nas florestas da cordilheira.

© ANNINA KANTELINEN / Micarea stellaris




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