Mês de junho teve 47,3% de eletricidade com origem renovável



No mês de junho, quase metade da eletricidade gerada em Portugal Continental teve origem renovável, cerca de 47,3%, uma percentagem – ainda que pouco – inferior à de origem fóssil. Os dados foram agora disponibilizados pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), através do Boletim de Eletricidade Renovável de junho de 2022.

No total, foram gerados 3264 GWh de eletricidade, dos quais 1543 GWh provenientes de fontes renováveis e 1563 GWh de fontes fósseis. Em termos de fontes verdes de energia, o destaque vai para a energia eólica (25%), seguindo-se a energia solar (8,6%), a energia da biomassa (8,2%), a energia hídrica (5,9%) e a bombagem hidroelétrica (4,8%). Nas fontes fósseis destaca-se o gás natural (40%), e muito abaixo, a cogeração fóssil (7,8%).

Registou-se uma diminuição de 4,6% da incorporação renovável, face a junho de 2021, o que se justifica pela “diminuição do índice de hidraulicidade, que resultou num decréscimo acentuado da produção hídrica”. A APREN sublinha também que “a produção hídrica e a percentagem máxima de armazenamento nas barragens atingiram valores mínimos face ao período homólogo nos últimos 10 anos, o que contribuiu para um aumento da produção por fontes fósseis”.

Em termos de geração de energia acumulada, de janeiro a junho de 2022, foram gerados 21 318 GWh de eletricidade em todo o território continental, dos quais 57% foram de origem renovável e 37,8% de origem fóssil. O setor electroprodutor emitiu um total de 2,9 MtCO2eq, sendo que o setor da eletricidade renovável evitou a emissão de 3,9 MtCO2eq e o gasto de 1792 milhões de euros na importação de gás natural. No mesmo espaço temporal, o Sistema Elétrico Nacional registou um saldo importador de 4765 GWh, com exportações de eletricidade de 1227 GWh e importações de 5 992 GWh;

Entre 1 de janeiro e 30 de junho, Portugal foi o quarto país europeu com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, com uma percentagem de 59,4%. Á frente estiveram a Noruega com 99,5%, a Áustria com 77% e a Dinamarca com 76,2%, de incorporação renovável.

 





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