Universidade de Coimbra e REN juntam-se para investigar propagação de grandes incêndios



O Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Universidade de Coimbra (UC) e a REN uniram-se para investigar a propagação de grandes incêndios em Portugal, através de uma solução inovadora a nível internacional.

Vai ser adquirido um túnel térmico, que entrará em funcionamento nos próximos meses. De acordo com Domingos Xavier Viegas, coordenador do CEIF e professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este equipamento terá “a capacidade de gerar um escoamento do tipo de camada limite atmosférica, com gradientes verticais de temperatura e de velocidade, que permitirão estudar e caracterizar a interação entre o fogo e a atmosfera em condições muito diversas, mas que se podem encontrar em alguns grandes incêndios, e contribuir assim para uma melhor compreensão do seu desenvolvimento”.

Domingos Xavier Viegas sublinha ainda que, nos anos mais recentes, o CEIF tem dado especial atenção ao estudo do comportamento extremo dos incêndios florestais. “É reconhecido que a estrutura vertical da atmosfera, que define o seu grau de estabilidade ou instabilidade térmica, deverá condicionar esta interação entre o fogo e o meio ambiente, mas não se conhece ainda bem o modo como o faz. Pretende-se, por isso, compreender melhor como atuam estes processos, se favorecendo ou inibindo, as correntes ascensionais, que poderão por sua vez potenciar o desenvolvimento mais ou menos rápido de um incêndio”, esclarece.

A aquisição do equipamento conta com o apoio da REN, através de um donativo.

Para João Faria Conceição, administrador executivo da REN, este “é mais um passo para a compreensão e prevenção dos grandes incêndios que assolam o país anualmente, ainda para mais num período de seca como o que estamos a atravessar. Sendo a REN responsável pela gestão e limpeza de milhares de hectares, é do interesse da empresa contribuir para a investigação e prevenção das florestas nacionais, aumentando a sua resiliência e permitindo um combate mais eficiente dos incêndios”.





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