Lousada e Agência Portuguesa do Ambiente vão recuperar 13 KM do rio Sousa
Lousada, com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vai intervir em 13 quilómetros do rio Sousa, recuperando o leito e as margens, foi ontem revelado na consignação da primeira fase da intervenção daquele afluente do Douro.
Para os próximos meses está assegurando um financiamento direto da APA, no valor de 100 mil euros, como referiu à Lusa o vereador Manuel Nunes, no âmbito de um protocolo técnico-financeiro que aponta aquele município do distrito do Porto como entidade executante do projeto, com acompanhamento da tutela.
Trata-se, explicou, da primeira de três fases do projeto “ReValSOUSA”, que vão representar cerca de 900 mil euros de acordo com o programa definido pela câmara municipal.
Os primeiros trabalhos, que durarão 90 dias, incidirão sobretudo na remoção de plantas invasoras e no desassoreamento do leito, com a retirada de areias e outros materiais.
Para as fases seguintes, aponta-se para trabalhos de drenagem, recuperação das margens e reflorestação, entre outras ações.
A recuperação de um núcleo de vários moinhos e casas de moleiros na zona de Pias, que será transformado num polo museológico, é outra ação que se espera venha, na segunda fase, a ser apoiada pela APA, como referiu o autarca, sinalizando que aquele edificado foi adquirido este ano pela câmara municipal.
“O futuro Parque Molinológico e Florestal de Pias será importante para preservar a memória coletiva”, destacou, acrescentando que os moinhos serão autossustentáveis em termos energéticos através da instalação de turbinas e painéis solares.
Para “simbolizar a qualidade ecológica” do rio Sousa e o trabalho que tem sido realizado no âmbito de várias ações e projetos liderados pelo Município, realizou-se esta segunda-feiraum momento simbólico de libertação de exemplares de trutas, uma espécie habitual naquela linha de água.
Estas intervenções enquadram-se num conjunto de intervenções que visam potenciar a Paisagem Protegida do Sousa Superior, um projeto cujo plano de gestão que está em fase de submissão no Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Pretende-se, referiu Manuel Nunes, que a Paisagem Protegida do Sousa Superior seja integrada na rede nacional de paisagens protegidas.