Descoberta nova espécie de cobra rara que brilha e muda de cor



Uma nova espécie de cobra iridescente e brilhante com escamas que mudam de verde para azul foi descoberta no Vietname.

Uma equipa de cientistas do Museu Nacional de História Natural Smithsonian e da Academia de Ciência e Tecnologia do Vietname descobriu a nova espécie de cobra no ano passado enquanto efetuava investigações sobre a biodiversidade numa área florestal no norte do Vietname.

Enquanto se dirigiam para um local de investigação, os cientistas encontraram uma cobra de aparência peculiar, cujas escamas escuras iridescentes eram pequenas, estriadas e com padrões estranhos, mudando quase como um holograma de azul elétrico para verde ácido quando a luz as atingia.

“Foi um momento realmente emocionante” indicou Aryeh Miller, um dos investigadores do Museu Smithsonian, num artigo publicado no site do museu, acrescentando que o espécime era tão diferente que não foi imediatamente identificado como uma cobra.

A nova espécie de cobra foi encontrada na província de Ha Giang, no norte do Vietname. Este é um espécime sem fotorreceptores de luz forte nos seus olhos, o que significa que geralmente fica no subsolo ou sob as folhas. Estes tipos de cobras são especialmente difíceis de encontrar, uma vez que passam a maior parte das suas vidas sob a superfície, indicou a CNN.

“Em 22 anos a investigar répteis no Vietname, eu apanhei apenas seis cobras de escamas ímpares”, disse Truong Nguyen, vice-diretor do Instituto de Ecologia e Recursos Biológicos da Academia de Ciência e Tecnologia do Vietname, no blog. “Este é um dos grupos de répteis mais mal estudados.”

Os cientistas mais tarde identificaram a cobra iridescente como um membro do raro género Achalinus. Os répteis deste género são também chamados de “cobras com escamas ímpares” devido às suas escamas, que se espalham em vez de se sobreporem umas às outras. Até a descoberta da cobra, havia apenas 13 espécies conhecidas dentro do género, seis das quais são do Vietname.

A cobra recém-descoberta recebeu o nome Achalinus zugorum em homenagem ao curador de répteis e anfíbios do Smithsonian, George Zug, e à sua esposa, Patricia Zug, de acordo com a revista Smithsonian.

Os cientistas publicaram suas descobertas na revista Copeia.





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