Estocolmo: capital verde da Europa em 2010



Quando se fala de sustentabilidade urbana, por uma razão ou outra acabamos sempre por mencionar Estocolmo, capital da Suécia – e Copenhaga (Dinamarca), Helsínquia (Finlândia) ou Oslo (Noruega).

Quando no ano passado a Siemens contratou o Economist Intelligence Unit para desenvolver um estudo sobre a sustentabilidade em 30 capitais europeias, uma das grandes dúvidas dos que seguiam estes estudo passava pelo novo do vencedor: Copenhaga ou Estocolmo?

A vitória acabou por cair para a capital dinamarquesa, mas a cidade de Estocolmo não só ficou logo a seguir (segundo lugar, à frente de Oslo, Viena e Amesterdão) como obteve nota máxima (dez em dez) em Environmental Governance.

Não admira, por isso, que Estocolmo tenha sido escolhida como capital verde da Europa em 2010.

Alguns dados dados interessantes: a capital sueca tem (uns estonteantes) 760 quilómetros de ciclovias, sendo que as estimativas dizem que 150 mil pessoas utilizam, todos os dias, este meio de transporte – pelo menos entre Abril e Setembro, nos meses cicláveis.

É a primeira vez que a Europa tem uma cidade verde. Estocolmo ganhou o concurso a outras 35 cidades – e à frente de Hamburgo, que será cidade verde em 2011.

Para os anos de 2012 e 2013 já há vários concorrentes na luta, mas nenhuma destas cidades é portuguesa.

Segundo o jornal Expresso, o júri – que é composto por representantes da Agência Europeia do Ambiente e de outras organizações europeias e internacionais – ficou “particularmente impressionado” com o vasto programa municipal de Estocolmo para melhorar a já de si enorme qualidade de vida dos seus cidadãos.

A saber: redução do congestionamento do tráfego com a introdução de uma taxa e corte em 25% nas emissões de gases com efeito de estufa – contra a própria estimativa do Governo sueco, que está nos 10%.
A taxa anti-congestionamento (dois euros diários) foi imposta em 2007 e diminuiu o tráfego em 18%. O tempo despendido no trânsito também diminuiu, para metade.

Outro dado impressionante: 35% das pessoas que entram todos os dias em Estocolmo utilizam transportes públicos e, dentro da cidade, 70% deslocam-se de metro ou autocarro.

“A população tem a noção de que, apesar dos custos económicos destas medidas, custará menos a longo prazo. E sairá mais caro poluir”, explicou ao Expresso a consultora da delegação para as Cidades Sustentáveis, Anna-Karin Ehn.

Veja aqui um vídeo de Estocolmo, capital verde 2010.





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