Luís Marçal: “A Siemens ajudou a eliminar 267 milhões de toneladas de emissões de CO2 em 2010”



Luís Marçal, responsável pela área de Smart Grids e Energy Automation da Siemens Portugal, é um dos participantes da terceira edição do TEDxEdges, que se realiza amanhã, 1 de Outubro, no Centro de Investigação da Fundação Champalimaud.

Em entrevista exclusiva ao Green Savers, o responsável da Siemens explicou como as inovações da multinacional alemã estão a revolucionar as cidades e falou das expectativas para o encontro de amanhã.

A nova unidade da Siemens, dedicada às cidades e infra-estruturas, e as soluções da multinacional para a área das tecnologias ambientais e de eficiência energética foram outros dos temas abordados por Luís Marçal.

Amanhã, o responsável pela área de Smart Grids e Energy Automation da Siemens Portugal deverá falar a partir das 13h. Pode segui-lo em directo em https://www.facebook.com/TEDxEdges.

Vai participar nas TEDxEdges. O que espera deste encontro?

Que seja um momento de troca de conhecimento entre todos os presentes. O facto de os oradores terem experiências, perfis e percursos muito diferentes vai com certeza enriquecer este encontro.

A Siemens tem feito um grande esforço para se posicionar como a empresa – ou uma das empresas – que está a levar as cidades para o próximo nível de sustentabilidade. Os consumidores e outros stakeholders já têm essa noção?

Sem dúvida. Tal como tem vindo a ser amplamente comunicado, a Siemens é actualmente uma das empresas mais activas na área da sustentabilidade. Este empenho reflecte-se não só na composição do portfólio da empresa – o qual oferece soluções sustentáveis para a indústria, energia e saúde – mas também nas suas próprias boas práticas. Recentemente, a empresa foi considerada a terceira marca mais sustentável do mundo pelo “Best Global Green Brands”, um estudo elaborado este ano pela Interbrand que avaliou os índices de sustentabilidade das práticas das empresas, assim como a percepção que os consumidores têm da mesma relativamente à protecção ambiental.

Em 2011, e pela quarta vez consecutiva, a Siemens voltou ser classificada pelo Dow Jones como a empresa mais sustentável do mundo no seu ramo de actividade. A empresa alcançou novamente o primeiro lugar na categoria de Diversified Industrials (Empresas Industriais Diversificadas), no Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) – o índice de sustentabilidade estabelecido pela Dow Jones e SAM – à frente de empresas como a 3M, General Electric, Toshiba e Thyssen Krupp que integram esta categoria. Em reconhecimento da sustentabilidade das suas atividades a nível mundial, a empresa já foi homenageada doze vezes consecutivas pelo DJSI.

Quais os produtos da Siemens que estão a tornar o mundo melhor?

Terei naturalmente de destacar o portfólio ambiental, o qual inclui soluções para, praticamente, todas as áreas da produção, transmissão e consumo de energia (edifícios, indústria e iluminação), assim como tecnologias ambientais para a purificação da água e controlo da poluição do ar.

Saliento que no ano fiscal de 2010, o portfólio ambiental gerou receitas de cerca de 28 mil milhões de euros e ajudaram a eliminar 267 milhões de toneladas de emissões de CO2, uma quantidade igual às emissões conjuntas das cidades de Nova Iorque, Tóquio, Londres e Berlim. A Siemens Portugal conseguiu reduzir as emissões de CO2 dos seus clientes em 4,1 milhões de toneladas, montante que supera as emissões de CO2 da cidade de Lisboa.

Quais as soluções que a Siemens tem na área das tecnologias ambientais e de eficiência energética?

A Siemens criou um portfólio completo de serviços energéticos como uma disciplina chave para a análise, planeamento inteligente, construção e operação de edifícios que se centram na melhoria das instalações já existentes através de uma solução de poupança energética, que pode levar a economias na ordem dos 30%. Poupanças garantidas contratualmente são geradas por um pacote de medidas para modernizar as infra-estruturas do edifício e serviços asseguram a eficiência das medidas tomadas para o cliente.

A Siemens anunciou ontem a criação de uma nova unidade, dedicada às cidades e infra-estruturas – que curiosamente será lançada oficialmente a 1 de Outubro, data da TEDxEdges. O que mudará, na prática, com este novo sector?

Ao criar este novo sector, a Siemens teve como objectivo ser um parceiro activo no crescimento dinâmico das cidades e nos investimentos em infra-estruturas. A nova estrutura irá gerir os negócios globais da empresa referentes a estes dois segmentos de negócio e agrupará as suas competências e actividades comerciais numa única unidade, a fim de oferecer às cidades soluções sustentáveis para a mobilidade, protecção ambiental e eficiência energética.

Como responsável pelo desenvolvimento das Smart Grids, na Siemens, como vê este novo modelo de organização da multinacional?

Acredito que o novo sector e as divisões que o compõem – Rail Systems (sistemas ferroviários), Mobility and Logistics (gestão de tráfego, transporte e logística), Low and Medium Voltage (equipamentos de baixa e média tensão), Smart Grid (redes eléctricas inteligentes) e Building Technologies (soluções para edifícios) – podem direccionar os seus respectivos negócios ainda mais para os seus mercados-alvo e, através de uma estreita cooperação dentro do próprio sector, desenvolver novas oportunidades de negócio no mercado em crescimento das cidades.





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